Alex pode estar indo embora, deixando o Beira-Rio, voando no tapete mágico dos árabes. Seu preço anunciado é de mais de 8 milhões de euros, 30% destinado ao seu próprio e estufado bolso. O valor ainda pode subir um pouco mais.
Sai do Sul em busca de fortuna, não de futebol. O Oriente Médio ou o Oriente próximo, como dizem os europeus, é um esconderijo. O jogador perde a vitrina. Sai do centro das atenções, volta ao Brasil em um ano, dois, sempre desvalorizado. Dificilmente os árabes consegue passar um jogador ao mercado europeu.
Alex era o melhor jogador do Inter, o único capaz de desequilibrar. Nilmar tenta, mas nem sempre consegue. Daniel Carvalho está gordo. D' Alessandro está inibido.
Ao perder Alex, o Inter perde uma referência. Alex sempre sofreu com o futebol competitivo, jogado duas vezes por semana. Seqüências de lesões minaram o seu potencial. Fosse um pouco mais resistente na parte física, dono de uma seqüência normal de jogo, Alex estaria na Seleção. Dunga, alô, alô!!
Alex tem uma série de qualidades e poder vário jogadores num só em 90 minutos. Seu chute de pé esquerdo é uma maravilha, suas cobranças de faltas beiram a perfeição. Ele pode jogar na ala esquerda, na meia e até como segundo atacante.
Não acredito que Daniel Carvalho ou D' Alessandro possam substituir Alex com êxito. Ele joga mais que os dois. Ou melhor, a dupla precisa jogar o dobro do que sabe para encostar em Alex, o melhor jogador do Inter na temporada, um dos seus melhores na atual década.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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