A Dupla empatou em Porto Alegre e Recife, dois 1 a 1. O do Inter foi péssimo. O do Grêmio foi ótimo. Basta olhar as circunstâncias de cada um dos resultados.
O Colorado saiu na frente, mas deixou o Flamengo empatar, quase vencer e ainda foi driblado pelo juiz Sérgio da Silva Carvalho que sonegou dois pênaltis legítimos em Nilmar.
O Tricolor saiu atrás, jogando a sua pior partida em 22 rodadas, mas Rever achou um gol incrível aos 49 minutos do segundo tempo – na mesma goleira onde Galato pegou o pênalti histórico na partida celebrada como A Batalha dos Aflitos.
Tite e os seus continuam estacionados na metade da tabela, em nono lugar. Roth e a turma de azul permanecem na ponta, cinco preciosos pontos adiante do vice.
Na próxima rodada, domingo, 16h, o Olímpico vê o Vasco e a Ilha do Retiro recebe o Inter. O título do Brasileirão continua aberto e o G-4 permanece sem nomes definidos. A competição ainda promete hectolitros de adrenalina.
Nilmar fez tudo no Beira-Rio, um gol, sofreu dois pênaltis sonegados, errou outros três gols. Foi o melhor em campo. Tite fez menos. Escalou o time certo, repetiu o que venceu o Palmeiras, mas mexeu errado. Usou outra vez Adriano, que insiste em não dar certo, em não marcar. Clemer falhou outra vez. O juiz Sérgio Carvalho foi o pior em campo. Errou como um veterano aprendiz.
No emblemático Estádio dos Aflitos, o Grêmio jogou ainda menos do que no Maracanã, embora, desta vez, com atitude. Errou todos os passes e, individualmente, ninguém se destacou, talvez Rever pelo gol. Seus dois comprometedores laterais, Paulo Sérgio e Anderson, continuam incapazes de organizar as jogadas ofensivas, parecem alas perdidos no espaço do meio-campo. Seus lados foram ocupados com facilidade pelos laterais adversários. O Náutico quase venceu usando os abertos caminhos das laterais. Os jogadores decidiram culpar o juiz Vagner Tardelli e o gramado, o pior do Brasileirão, pela má performance.
O Inter começou bem e deu a impressão que iria vencer com certa facilidade outra vez. Ao perder Alex, caiu, perdeu o rumo e não encontrou em D’Alessandro alguém capaz de reorganizar o jogo. O argentino não fez uma boa partida.
Nos últimos 20 minutos, os 11 em campo sentiram a falta de um melhor preparo físico e foram completamente envolvidos pelo Flamengo, que chutou uma bola no poste no final.
O Grêmio arrancou com ar de vencedor, tomou a intermediário dos pernambucanos e pressionou durante 20 minutos. Depois caiu, caiu mais ainda, foi dominado, sofreu o gol e só empatou depois do milagre de Rever nos descontos.
A queda de rendimento observada contra o Flamengo voltou 72 horas depois no Nordeste quando o Náutico foi superior. O Grêmio continua na liderança, mas lotado de preocupações. O time regular da primeira parte sumiu. Antes de qualquer ação é preciso saber onde o time real está, em que lugar se escondeu.
Quinta-feira tem Gre-Nal pela Copa Sul-Americana, mas aí é outra história.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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