A noite do Rio faz mal ao Grêmio. Depois de perder para Vasco e Botafogo no primeiro turno, levou 2 a 1 do motivado Flamengo na sua terceira derrota no Brasileirão. O Tricolor acompanhou Cruzeiro e Palmeiras, seus perseguidores mais próximos, caiu na 21º rodada depois de 11 jogos invictos, mas seus números na tabela permanecem os mesmos. Olha a retaguarda e vê apenas um adversário (Cruzeiro) cinco pontos atrás, nada na frente e ainda líder solitário. O contexto da rodada colaborou.
A derrota freou o galope do Grêmio, mas não foi vexatória. Foi normal. Preocupa, mas não desespera como em outros momentos. Mais efetivo, ambicioso, os cariocas venceram com justiça. Ninguém pode se queixar ao ser derrotado pelo Flamengo no Maracanã, sua casa de direito.
O primeiro tempo foi ruim e encontrou um Grêmio apático, quase desconhecido, longe do seu estilo, tentando administrar o resultado. O 1 a 0 foi natural, poderia ter sido pior. Só o Flamengo jogou.
Depois, na segunda parte, o Grêmio foi mais ofensivo, criativo e objetivo e chegou ao empate com Souza (um canhão de fora da grande área), que durou rápidos minutos. Os gaúchos não fizeram uma boa jornada. Ninguém se queixou da derrota. Faltou conclusão, fome de gol, vontade de entrar na área.
Perea e Marcel não estiveram bem, Anderson Pico foi o pior e Victor, o melhor goleiro da competição, cometeu uma rara falha no primeiro gol. No segundo foi a vez do regular Pereira se atrapalhar na grande área. William Magrão foi bem etapa final, assim como Rever e Tcheco.
Recife é a próxima e perigosa parada azul e o Estádio dos Aflitos seu novo e emblemático (será por toda a vida, nossa e de outros) desafio. Nem sempre os dois adversários que vivem nos calcanhares do Grêmio repetem duas más partidas em seqüência. É preciso mais atenção, a gordura é boa, mas não pode ser queimada em adversários do tamanho do Náutico, desabando na tabela.
Roth e os seus vivem sob a sombra de cinco confortáveis pontos. Mas é reserva, poupança. Não podem deixar de somar, crescer, acumular pontos. A conquista da liderança é muita cara para ser diminuída em Pernambuco.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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