O Inter jogou, ganhou, goleou o Palmeiras (4 a 1) e até D’Alessandro, mais ambientado, falou. Foi um noite quase perfeita no Beira-Rio, não fosse o nervosismo de Tite e sua expulsão. Ganhando de 3 a 1, apesar da incompetência do árbitro Jaílson Macedo Freitas (BA), a irritação poderia ter sido jogada para escanteio.
O torcedor fez festa, explodiu foguetes, gritou e buzinou, menos pela atuação coletiva, mais pela performance de cinco de individualidades, como Índio, autor de dois gols, Guiñazu, o melhor em campo, D’Alessandro, a sua melhor atuação, Magrão, uma grande movimentação, Alex, um golaço. Vaiado antes do início da partida, Tite, que escalou uma boa e competitiva equipe, ganha dias mais tranqüilos para tocar o seu trabalho. Seu time foi bem em todos os setores, sem exceção.
O juiz baiano, outro semi-profissional sem a mínima condição de apitar um clássico brasileiro, tentou atrapalhar o jogo de todas as maneiras. Assinalou um pênalti inexistente para o Palmeiras, não expulsou Kleber, que agrediu Guiñazu, e ainda anulou num gol legítimo do Inter. Ele foi o pior em campo, talvez o pior de toda a competição que passou pela Capital.
Ao Inter não faltou quase nada no Beira-Rio, talvez a torcida que, desconfiada e com medo da chuva, ficou em casa em volta do rádio ou da tevê ou ainda dos dois. Sobrou ao time o que não se viu em São Januário, vontade,muita vontade.
O Inter correu, se entregou ao jogo, disputou com dedicação o gramado adversário e a vitória nasceu naturalmente, depois de um começo confuso e atrapalhado. O confuso Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo foi superado em todos os sentidos depois dos primeiros 15 minutos, quando podia ter decidido a partida. Diego Souza sumiu, Valdívia fez falta, Denilson entrou e não acertou um só drible. Marcos evitou um vexame maior.
A goleada ajuda, levanta, anima, coloca o Inter sete pontos acima da zona do rebaixamento, deixa oito pontos abaixo da dourada região da Libertadores. A matemática imagina que o time necessite de mais 39 pontos, em 51 disputados, para ficar com uma vaga no torneio continental. É tarefa de gigante, mas os 4 a 1 sobre o campeão paulista prova que no futebol tudo é possível.
Queira ou não, o gremista, escondidinho, sem ninguém por perto, bateu palmas bem baixo pelo resultado. A vitória do rival fez um bem danado. O Palmeiras,que namorava o título, pisou no freio. Mas o Inter, quem sabe, tocou no acelerador. O Flamengo, domingo, pode clarear as nossas idéias.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
Leia os termos e condições deste blog
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.