Duas gratas revelações do Grêmio 2008, atrás e no meio, garantiram a suada liderança, o posto mais confortável do G4: o longelínio Vitor, pelo menos uma defesa es-pe-ta-cu-lar, e o elástico William Magrão, um gol achado, de bico de pé, logo aos 17 minutos de bola rolando. No final, Reinaldo entortou um zagueiro e os baianos afundaram com o 2 a 0 definitivo. O poste tirou o terceiro gol, no chute de Réver. O 3 a 0 seria o placar mais correto, o espelho de Grêmio e Vitória.
Vitor e William estão entre os melhores jogadores nas suas respectivas posições no Brasil. A revista Placar, por exemplo, avisa que o goleiro gremista é o melhor jogador do Brasileirão. Só não diz, mas a torcida sente, que foi embora a saudade aparente de Danrlei. O melhor time sempre começa (ou termina) com um grande goleiro.
O sempre perigoso, nervoso e às vezes irritante 1 a 0 parecia suficiente aos olhos de um vibrante Olímpico. O bom, hábil e ofensivo Vitória tentou, correu, buscou o empate. Quando chegou nas proximidades da grande área gaúcha bateu no muro chamada Vitor.
O Grêmio jogou mais, especialmente no segundo tempo, amontoando e perdendo chances de gols (duas vezes em apenas quatro minutos), e o resultado foi justo, correto. E ainda apresentou pela primeira vez, nos últimos 15 minutos, o diferenciado Souza, autor do perfeito passe para o gol Reinaldo.
O Tricolor espera agora o lanterna Ipatinga, outra vez no Olímpico. Líder para ser cada vez mais líder precisa ter fome e sede de vitórias, passar pelo Vitória, que olhava a vaga com cobiça, e mostrar que seus 35 pontos ganhos (contra 33 do vice Cruzeiro) não foram encontrados no acaso, frutos da mais pura sorte.
Entre Tcheco, William Magrão, Rafael Carioca e Vitor, os destaques do jogo, eu fico com o goleiro como o melhor em campo. Foi a décima vitória gremista em 17 jogos da competição. A briga no topo continua feroz. Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras venceram. Ninguém consegue avançar mais do que três, disparar com seis, acumular uma reserva técnica. Nunca se viu um Brasileirão tão disputado.
Inimigo direto do Tricolor, simples dois pontos atrás, o Cruzeiro espera o Inter no Mineirão quinta-feira. Imagino como os fãs azuis se comportarão durante a partida. E você? A diferença de dois pontos pode pular para cinco. Olhe lá!
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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