Perea fez, dois, três. Reinaldo repetiu, um, dois, três. Marcel marcou o seu gol de cabeça. Com 7 a 1 no campo adversário, em Florianópolis, o Grêmio exibiu as suas novas credenciais de justo líder isolado do Brasileirão. O Figueirense deve continuar tonto nos próximos dias, semanas. Foi uma goleada sem a mínima piedade.
A façanha tricolor merece elogios, palmas, foguetes, brindes. Tudo. Escolha o seu. A vitória da noite ventosa de 24 de julho de 2008 é uma das que se passa aos netos com toques e retoques justos de façanha. Marque o dia, guarde o resultado, um 7 a 1 histórico raros esquecem.
Todos os atacantes tricolores, cansados de perder gols, muito criticados, encontraram luz nos faróis da ilha e alcançaram as redes com a certeza dos goleadores. Perea fez uma das suas melhores partidas, junto com o Grêmio inteiro. Mas destacar jogador quando o escore se encerra no sétimo gol de uma partida oficial é uma ousadia, um desmerecimento aos demais. Nas goleadas, normalmente, os times jogam como conjunto imbatível. Vence o grupo, ganham todos.
Depois da elogiada vitória contra o Cruzeiro, no Olímpico, o Figueirense nascia como um fantasma na noite de quinta-feira. Não era, era apenas uma luz difusa. O Grêmio dominou o jogo em todos os segundos e minutos.
Quem esperava um Celso Roth cuidadoso, fragilizado pelo passado, já que os gaúchos não venciam o Figueira desde 2003 em Floripa, errou. Roth foi audacioso, escalou dois atacantes, não mudou o bom esquema e a vitória exibiu o atual momento do Grêmio: um time que joga fora ou dentro de casa com a mesma idéia, a mesma vontade, a mesma determinação. Tenta sempre a vitória.
O eco da goleada não se perdeu na madrugada, vai atravessar o dia, seguir a noite e chegar ao Olímpico domingo. O adversário é o Palmeiras, inimigo direto ao título, a uma vaga na Libertadores, jogo de seis pontos, encontro de 40 mil pessoas.
O Grêmio vai precisar se puxar ainda mais nas próximas rodadas. O líder é sempre o grande alvo dos competidores. O Grêmio tem 19 atrás dele, todos querendo o seu naco.
A liderança é um fato. O Grêmio só perde para o Flamengo em número de gols marcados, 26 a 27, ganha ou empata em todos os outros números. Se o juiz não termina a partida aos 44min30seg do segundo tempo, se ele dá os descontos exigidos pelas substituições e outras paralisações, o goleada poderia ter sido ainda mais elástica. O Grêmio estava mesmo num dia iluminado.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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