A Dupla chora os gols perdidos dos seus atacantes a cada domingo, quartas, quintas e sábados O Inter tem Nilmar, o Grêmio procura alguém parecido, se alegra quando Marcel acerta o pé. Os dois clubes, seus técnicos e cartolas e dirigentes em geral, sabem, têm absoluta certeza, que só permanece na ponta de cima da tabela quem faz gols em série.
Os azuis vibraram 19 vezes em 13 rodadas do Brasileirão. Fazem parte do pior ataque entre os seis primeiro da competição, mesmo ocupando um valorizado segundo lugar. O líder Flamengo, por exemplo, tem 26 gols assinalados. O Inter está pior. Cai mais. Marcou 16 vezes. Está entre os sete menos letais ataques do campeonato.
O Brasil é um deserto de bons atacantes goleadores. O maior deles no momento, Alex Mineiro, do Palmeiras, soma oito. Oito em 13 jogos não está mal, mas é obra de Alex Mineiro, um atacante que pula de clube em clube e não consegue solidificar uma carreira. Abaixo dele, quem aparece é um legítimo meia, Cleiton Xavier, conhecido dos gaúchos, mas não reconhecido.
No Grêmio de Celso Roth, os projetos de gol giram em volta de Marcel, mas ele, homem de grande área, perde mais do que faz. Seus companheiro de entra e sai são quatro: Perea, André Luís, Reinado e Soares. Não se vê fileira de gols nos currículos de nenhum dos cinco atacantes, nem a volúpia do gol. Como bom colombiano, Perea não tem fome de gol, nem se importa com o gol. O belo drible e jogada de efeito o recompensam mais.
O Inter procurar em todos os continentes um companheiro para o solitário Nilmar, um atacante que perde muito mais gols do que faz. É um oportunista nato, corre, dribla, entra na área, mas ainda não achou com que tabelar, a quem, servir, ser servido. Nilmar precisa treinar com urgência conclusões ao gol.
No clube fala-se em Grafite, em Ricardo Oliveira, em Liédson e até em Fred, um mais caro que o outro. O Inter parece que tem dinheiro enterrado. Com a chegada de D'Alessandro, sua folha de pagamento é uma das maiores do país, talvez a maior.
Tite mostrou um jovem, veloz e impetuoso ataque (Nilmar, Walter, Taison e depois Guto) na grama horrorosa de Recife. Faltou gol em série outra vez, apesar das situações criadas, mais por Nilmar. Os três precisam jogar mais vezes juntos. Só assim o trio ganha fôlego e pode acertar.
Com a chegada de D'Alessandor, porém, Taison deve sair do time. Retirar Walter seria um crime. Com seqüência, com mais oportunidades, ele pode ser o companheiro sonhado dia e noite por Nilmar.
Grêmio mira o topo, o Inter o G4, por enquanto. Vão precisar de muitos gols para transformar 2008 num ano glorioso.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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