O jovem ataque colorado, Nilmar, Walter, Tison, depois Guto, achou um gol nos últimos suspiros do disputado jogo em Pernambuco. Buscou o 1 a 1 quando a derrota já despontava na esquina, trouxe um ponto de Recife, mas continua sem vencer distante do Rio Grande do Sul. Seis jogos fora, zero de vitórias. Uma vaga na Libertadores, nem vou falar em título, fica difícil no momento. A vitória ofereceria outra realidade aos gaúchos de vermelho.
O Inter jogou melhor no primeiro tempo, podia ter marcado três vezes, apesar da bola no travessão do adversário. Viu o Náutico crescer no segundo tempo, dominar parte das ações, sem criar grandes situações de gol.
Oportunista, Nilmar fez o seu gol, perdeu outros, mas foi um atacante disposto, corajoso e insinuante. Não vi ninguém melhor em campo. Gostei de Guinãzu, não de Magrão, nem um pouco dos laterais, e acho que Walter precisa de continuidade e deve fiar entre os 11. Entendo que o Inter fica sem organização de jogo no meio-campo, sem produtividade, quando atua com três volantes e ainda joga com dois laterais, mais marcadores, menos dispostos ao jogo ofensivo.
O empate não foi o fim do mundo. Foi considerado um ponto ganho, dada as características do enfrentamento.
O Inter reclama do pênalti que originou o gol dos pernambucanos. Os de Recife reclamam que Nilmar estava impedido no seu gol. Devem gritar mesmo.
Numa arbitragem pobre, irregular, de muitos erros, Rodrigo Cintra viu o que ninguém notou, nem o mais fervoroso torcedor do Náutico, um pênalti. Radamés colocou a bola na marca da cal, chutou e marcou, curiosamente na mesma goleira onde Galato defendeu o histórico pênalti da decisão da segundona em 2005.
Jogar no Estádio dos Aflitos, seja otime que for, é o mesmo que enfrentar a grama judiada dos piores estádios do interior do interior gaúcho. Olha que eu falo da várzea no sentido claro da palavra. A grama irregular, lotada de buracos, do campo de jogo do Náutico deveria ser (e olhe lá) palco de jogo de divisões inferiores, assim como o da Ilha do Retiro. Não falta dinheiro, falta asseio aos dois clubes.
Campo ruim é o pior inimigo do bom futebol, lá ou aqui. A bola se nega a rodar macia, de pé em pe. O jogo fica feio, ruim de ser assistido, nas arquibancadas ou na frente da tevê. Uma CBF séria vetaria um gramado assim, talvez o pior da Série A.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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