Líder do campeonato ainda não, vice sim, com absoluta justiça, depois de uma apertada, suada e batalhada vitória no Estádio Olímpico. O magro 1 a 0 sobre o Cruzeiro, injusto, porque o correto seriam 3 a 0, dá paz e tranqüilidade aparente aos gremistas.
Ninguém vai conseguir arrancar o segundo lugar do Grêmio no Brasileirão 2008 até a rodada do meio da semana – se é que alguém vai. Há nove rodadas o Grêmio freqüenta o G4. O bom trabalho passa por Celso Roth, ah, passa.
Num belo jogo, veloz, disputado, com muitas chances de gol, o Tricolor dominou o adversário completamente. O Cruzeiro desembarcou manco na Capital, sem seus três melhores homens de meio-campo. Durante todo o jogo, não mostrou o futebol que o mantém entre os times mais eficientes. Mas é sempre um adversário difícil.
O Grêmio aproveitou, jogou muito bem, atacou e Paulo Sérgio marcou o belo e solitário gol do jogo. O lateral fez uma das sua melhores partidas, apenas dos seus naturais erros de passes, cruzamentos e posicionamento. Apareceu mesmo em três conclusões ao gol.
A Rádio Gaúcha escolheu Paulo Sérgio como o melhor em campo. Não foi injusto. Eu vi William Magrão melhor, mais presente, acertando passes, tentando a jogada ofensiva, se impondo na defesa, articulando o jogo. Ele volta a despontar como o melhor jogador da equipe. No primeiro trimestre, antes da lesão, ele já era o nome do time. Será o destaque outra vez em breve.
Anderson jogou bem. Réver e Pereira dominaram os atacantes. Rafael Carioca pareceu enfeitado demais para um jogo tão importante. Coisas da idade, de jovem sem a expriência ideal.
O que doeu mais no torcedor, o das arquibancadas de cimento e o das cadeiras mais confortáveis da tevê, foram os gols perdidos, a incrível seqüência de erros de conclusão.
Somando Perea, Andé Luis e Reinaldo não dá um. A imperícia dos atacantes impressiona. O erros nas conclusões beira o absurdo. Todos sabem, menos eles, que a soma de gols gera saldo, algo que pode ser decisivo na tabela.
A vitória dá novo status ao Grêmio, gera seis pontos (pela colocação do Cruzeiro) e aumenta a responsabilidade. O time se transforma em alvo preferencial dos adversários.
O sempre incômodo Figueirense espera os gaúchos quinta-feira, depois o Palmeiras, em Porto Alegre, e então o Coritiba no Pasraná. Três integrantes do G10 aguardam Celso Roth que, outra vez, retirou um atacante e apostou num homem mais marcador (ok, o Grêmio venceu, mas é precido dizer). Talvez a colocação de Rodrigo Mendes no setor pudesse dar ao Grêmio mais inteligência ofensiva. Mendes, ao contrário dos colegas de ataque, conclui com mais qualidade.
A vice-liderança, a idéia da liderança, a vaga na Libertadores, obriga vitórias também fora do Olímpico, que "bombou" outra vez no sábado noturno de outono em pleno inverno. Com a temperatura mais baixa, o jogadores conseguiram correr mais.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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