O empate, que não seria um resultado ruim na Ilha do Retiro, se transformou num resultado péssimo, quase desastroso, depois dos 90 minutos. O Grêmio esteve duas vezes na frente, dominava o jogo, permitiu o 2 a 2 aos 37 minutos do segundo tempo, e não conseguiu saborear o ponto ganho.
Saiu de Recife com o ocre sabor da derrota sem ter jogado mal toda a partida. Mas continua entre os representantes do G4, times com vaga na Libertadores. A posição diminui parte da sensação ruim
O Sport não foi o time turbinado da Copa do Brasil, a "Bombonilha" não sacudiu. O Leão foi manso em boa parte do jogo. O primeiro tempo foi de dar dó, com um festival de passes errados dos dois lados. O 0 a 0 castigou todo mundo, até quem estava do outro lado da tevê.
O Grêmio jogou o seu melhor segundo tempo nos últimos cinco jogos, mas os defeitos foram os mesmos de sempre. Paulo Sérgio não consegue jogar, passar ou organizar. Seu cruzamento é um bride ao sistema defensivo do adversário. A defesa, com Pereira indeciso nas bolas altas, falhou nos dois lances de gol do Sport, duas jogadas de bola parada, resultado das 18 faltas gremistas marcadas na parte final.
Roth fez as suas mudanças clássicas: seis por meia dúzia. Trocou um zagueiro por outro, um lateral por outro lateral. Saiu um atacante entrou um novo atacante. Não há variações, não se nota jogadas ensaidas.
Mais solto mais confiante, William Magrão fez um gol e foi o melhor em campo. Rafael Carioca estve bem. Tcheco jogou melhor do que na estréia. Dá mais qualidade ao time, equilibra o jogo, coloca a bola no chão, fora as suas sempre perigosas bolas cruzadas para área adversária. Rodrigo Mendes entrou e fez um gol de cabeça. Marcel estve isolado. André Luis só corre.
O Grêmio (e o Sport também) se queixa da arbitragem de Paulo César Oliveira. Nada mais justo. Oliveira é o juiz mais prepotente do Brasil. Só apita assim, porque lhe falta qualidade técnica. Ele usa o cartão amarelo como arma. Exibe quando alguém reclama. Trunca o jogo, apita todas as faltas possíveis e impossíveis. Jamais pensa em deixar o jogo correr. Assim pode parar, respirar e continuar apitando. É juiz da Fifa. Pobre Fifa.
Sábado, no final da tarde, o Olímpico vê Grêmio, sem Marcel, e Cruzeiro. É jogo de seis pontos. Empate como o de Recife, ou qualquer outro, dá novo sinal de derrota. Se vencer os mineiros, o ponto de Recife até pode ser saudado como posititivo na contagem geral da irregular tabela do Brasileirão.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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