Leitores ligam, escrevem e perguntam.
— O que aconteceu com Marcel?
Marcel marcou duas vezes. Sacudiu duas vezes as redes da Portuguesa em dois lances de área, de grande área. Terra que o centroavante precisa conhecer como a sua própria sala de estar.
Marcel recebeu duas bolas pelo alto. Aparou uma com a cabeça. A outra dominou no peito, baixou a bola na grama e fuzilou. Domingo, Marcel funcionou. Foi o centroavante que todos os clubes necessitam. Saiu de campo com quase todos os aplausos, a outra metade ficou com Victor.
O que Marcel precisa agora é exibir regularidade. Carimbar as redes com mais freqüência. O que ele não pode fazer, porque não sabe, é armar, buscar a bola nas laterais e tentar a tabela no meio. A bola é um melão no pé de Marcel, não pára, dá choque.
Sua terra natal é a grande área. É no interior deste pedaço árido, perigoso e difícil do gramado que ele precisa mostrar suas qualidades, brigar com zagueiros enfurecidos, estufar as redes, aproveitar seu tamanho, impulsão, corpo, força do pé direito.
É na área (e só nela) que Marcel será valorizado, na hora do gol. Longe dela será mais um candidato ao banco eterno.
O que resta saber agora é se Marcel tem fôlego para continuar marcando gols com a regularidade que um time exige. Não há outra pergunta. Seus últimos anos como jogador de futebol dizem que será difícil Marcel garantir uma boa seqüência de gols no Olímpico. Mas sabe como é, né, futebol é um tema ilógico.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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