Grêmio fez três pontos porque jogou no Olímpico e passou pela Portuguesa de virada (2 a 1). Fora, o Inter continua sofrendo a síndrome do Beira-Rio (só ganha em casa), e apenas empatou em Curitiba com o Atlético (1 a 1).
O Tricolor ganhou uma posicão na tabela do Brasileirão 2008, após a importante vitória. É terceiro, ainda na zona da Copa Libertadores da América. O Colorado perdeu uma posição, ficou em nono, cinco pontos atrás da área da Libertadores.
O Inter mereceu o empate. O Grêmio merecia o empate. Os dois foram pobres em todos os sentidos, especialmente no meio-campo. Aí, foram iguais, sem nada de criatividade, apenas correria e combate. Sem inteligência nos dois setores, as defesas sofreram, os ataques não produziram nada. Decepcionaram os fãs que esperavam algo mais, bom futebol, qualidade, esperança. O meio-campo deve criar, não apenas marcar, pegar, combater. Precisa de inteligência.
O Grêmio teve a volta de Tcheco, que pouco acrescentou ao time. O que melhorou mesmo foram as cobranças de escanteio do lado direito, obra de Tcheco. Mas ele não deu a criatividade, ofereceu neurônio. Tcheco ainda procura a sua melhor forma, o seu real ritmo de jogo.
Quem finalmente aparece na grande área foi Marcel, dois gols marcados no interior da mesma grande área. Foi o matador que o Grêmio espera, mas não confia. Seus gols são sazonais. Se começar a marcar com regularidade, a crítica muda de lado. Antes de recebe a sua carteirinha oficial de centroavante matador, Marcel precisa encontrar a sua regularidade. Qual é? Ninguém sabe ainda.
Celso Roth mudou o time mais uma vez, insistiu com André Luis, Paulo Sérgio e, claro, Makelele, e foi envolvido pela Lusa. Não perdeu por pouco. O problema de marcação no meio-campo azul é crônico.
Roth ganhou sem convencer. Jogou com três atacantes (André, Marcel e Rodrigo Mendes, mas outra vez) e não fez cócegas na defesa adversária. Quanto estava 1 a 1, tirou um atacante e colocou um volante. Ganhou o segundo gol no puro detalhe, numa rara chances de gol na partida.
O Inter lamenta o empate. Não pelo futebol desinteressado e apático que praticou no Paraná, mas pelo pênalti que o árbitro Giuliano Bozzano inventou. Passa ano, chega ano, Bozzano continua na parte de baixo do ranking da arbitragem brasileira.
Com certeza ele deve ter padrinho com nome e sobrenome forte na CBF. Bozzano adora apitar uma falta, pois assim ele pode parar, respirar e recomeçar. Ele não agüenta jogo corrido.
Índio salvou o Inter numa jogada aérea, achou o empate, ganhou um ponto. Nada mal, somou um ponto fora depois de duas vitórias em Porto Alegre. Tite escalou mal a equipe. Com Edinho e Maicon, o time ficou sem boa saída de bola. Depois, tirou Taison e colocou Adriano. Apostou num companheiro para Nilmar, mas murchou o meio-campo.
A má fase de Nilmar está sendo longa e inclemente. Nilmar é a maior decepção do Inter na temporada.
Agora, o Inter volta ao Estado (Atlético PR), o Grêmio viaja ao Nordeste (Sport). A situação se inverte. O Inter se desesperará com um empate, o Grêmio não. Mas a sobrevivência no G4 não se dá com o oxigênio de resultados iguais, só com as vitórias em série, em casa e fora.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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