Seis anos atrás, Sérgio Ortemann ganhou a Copa Libertadores da América com o Olímpia e foi eleito o melhor jogador das duas partidas finais. Não confunda, portanto, o melhor dos 180 minutos da decisão com o craque da competição.
Pela sua perfeita performance, o meio-campo uruguaio levou um Corolla zero para a sua casa em Assunção, no Paraguai. Pelo conjunto da obra, passou a ser perseguido por vários clubes estrangeiros, brasileiros entre eles, a dupla Gre-Nal na fila.
Mas longe do Olimpia, ganhou espaço no Independiente, no Atlas mexicano, depois no Boca, onde foi um reserva sem brilho entre os 11 titulares Encontrou mais adiante abrigo no futebol espanhol, onde nunca ganhou projeção entre os maiores. Ortemann foi se apagando aos poucos, sem nunca mais brilhar como na histórica Libertadores de 2002. As razões eu desconheço.
Aos 29 anos, maduro, experiente e rodado, Ortemann chega ao sul com o carimbo de meia década atrás. Se jogar o que jogava lá no passado recente, se repetir suas performances, o Grêmio ganha um jogador competitivo, combativo, decidido. Um jogador que pode se encaixar perfeitamente na vaga aberta com a volta de Eduardo Costa ao futebol europeu.
Ortemann é capaz de executar as três funções no meio campo com qualidade, embora a contenção, a marcação, seja sua característica principal. Com 1m80 e 81 quilos, Ortemann é um jogador de choque, de combate, da disputa da bola com alma. É um Charrua, um típico uruguaio.
Ortemann soma-se ao meia Souza, mas os dois, bem-vindos e qualificados reforços, se estivessem acompanhado os últimos jogos do time, teriam apenas um pedido aos seus novos dirigentes, depois de gordos salários:
- Por favor, tragam um centroavante com a máxima urgência.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
Leia os termos e condições deste blog
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.