O Brasileirão do Inter é um ostracismo só até agora. O do Grêmio anda tocando o paraíso. O Colorado rola na parte vexatória da tabela. O Tricolor nada no mar azul da parte de cima da classificação. Um se desmancha a cada jogo fora. O outro se ergue. É o termômetro do dia.
Em seis meses, apesar do título do Gauchão ter voltado ao Beira-Rio depois de dois longos anos, é no Olímpico que tudo parece certo demais. É o que a sétima rodada do Brasileirão informa. Futebol é hoje, é media, não é o passado, nem o futuro.
O Gre-Nal chega no próximo final de semana com o Grêmio como favorito. O favorito é sempre o que está melhor na véspera do clássico, nada mais óbvio. Mas assim que as travas das chuteiras importadas pisarem na grama verde, o favoritismo é engolido pelas quatro linhas. Clássico Gre-Nal é a partida mais imprevisível que nós temos notícias nesta parte do Brasil, o Sul profundo do país.
O Grêmio engoliu o medíocre Atlético PR com três gols de pênaltis, todos justos, três vezes Roger, cobrando um pênalti melhor do que o outro. O Inter, o pior Inter, sentiu o ardor da pimenta baiana. Levou 2 a 1 do modesto Vitória num jogo onde Tite não foi o técnico que se espera. Esteve abaixo da sua média.
O Gre-Nal, dizem os antigos, arruma a casa. Arrumava quando os jogos eram isolados, decidiam títulos e classificações. Hoje é diferente.
O clássico ainda está na lista dos jogos diferentes e importantes. Seu peso ainda é espetacular. Mas uma derrota não demite mais técnico, nem abrevia carreira de jogador. Dura uma semana, no máximo duas. Basta o perdedor do clássico engatar três vitórias seguidas e o clássico fica depositado na fumaça do tempo.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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