Aleluia! Doze anos (oito jogos) de tropeços depois, o Grêmio dribla o tabu, vence o Goiás (3 a 0) no Serra Dourada e ainda desencanta um centroavante. Marcel fez dois dos três gols e ajudou o Tricolor a ocupar o topo da tabela, um segundo lugar, uma vaga no G4, um posto provisório na Copa Libertadores da América.
O Grêmio não fez uma grande partida em Goiás, mas venceu com segurança, mostrando que é superior. Melhor ainda, venceu a segunda fora do Olímpico em três. O Grêmio de Mano Menezes era um time caseiro, o de Celso Roth ganha longe do Mampituba.
O coletivo foi o melhor do Grêmio, outra vez. Mérito de Celso Roth que escalou o time certo, com três reservas, Jean, William Magrão e Marcel, e também mexeu corretamente durante a partida. Rudinei entrou no lugar de Reinaldo (machucado), melhorou o time e deu mais mobilidade ofensiva. Thiego pisou em campo e logo fez o terceiro gol.
Os dois gols ofereceriam o título de melhor em campo ao centroavante Marcel, gols no interior da pequena área, gols de cabeça, legítimos de centroavante. Antes, porém, nasceram as perfeitas defesas de Vitor, um goleiro que cresce a cada jogo, surpreende e caminha reto em direção ao posto de uma das revelações do ano no futebol gaúcho - se continuar assim, brasileiro.
Vitor é firme, seguro e espalha uma impressionante confiança ao seu setor defensivo. Sua defesa no chute rasteiro e forte de Iarley foi um dos grandes lances da partida.
O Grêmio de Roth está surpreendendo. Não está brigando na ponta de baixo da tabela, mas na competitiva parte superior. Os times de Roth começam assim as competições, no topo, depois caem, estacionam no meio da tabela. Foi assim com o Vasco em 2007. Para ser mais feliz, ao menos no Grêmio, Roth precisa descobrir o segredo da fórmula da regularidade.
Deu para notar que Paulo Sérgio não pode ser titular, Felipe Matione é melhor, mais completo, consegue melhor acabamento nas jogadas ofensivas. Que William Magrão tem lugar entre os 11. Que Reinaldo tem dificuldade quando joga com um centroavante de verdade. Que Roger, na hora do passe, às vezes é displicente, talvez pela grande capacidade técnica que tem. Que Léo está jogando cada vez mais.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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