A boa notícia é que o Inter tem técnico depois de 12 dias acéfalo. Assumiu Adenor Bachi, o gaúcho Tite. Um nome que ganhou aprovação máxima do fã vermelho depois que Nelsinho Baptista surgiu como outra opção. Nelsinho é o maior inimigo do Inter de todos os tempos. Ate o ridículo anúncio que Tite seria gremista sumiu do mapa quando o nome de Nelsinho começou a se pronunciado no Beira-Rio.
A melhor notícia é que Fernando Carvalho volta ao vestiário colorado. O grande dirigentes da história do Inter retorna ao futebol, que ele conhece de cor e salteado, como assessor especial. A surpresa é o ok de Vitorio Piffero para a contratação do antes indesejado Tite e por um período de seis meses.
O incrível é que a saída de Abel Braga provocou um crise política no Beira-Rio ainda não sanada, temporariamente aliviada. Fazia tempo que a saída espontânea de um técnico não provocava tanto estragos num time gaúcho.
Piffero não queria Tite nem vestido de vermelho. Concordou com a contratação quando Carvalho anunciou inesperadamente que poderia entrar no vestiário ao lado do novo treinador. Tite não pode ficar só com os jogadores. Precisa de um dirigente forte ao seu lado, um homem que o controle. Tite tem a fama de criar grupos no vestiário.
O experiente vestiário colorado é um problema sério no Inter. Engoliu Galo, quase atropelou Giovanni Luigi no ano passado. Carvalho tem bom trânsito entre os atuais jogadores, sabem como abordá-los. Eles o respeitam mais do que ninguém.
Tite chega junto, nos braços de Carvalho, se apresentando aos poucos, nos treinos, nas concentrações, na performance no banco de reservas em dia de futebol.
Tite é bom técnico, um estudioso do esporte. É experiente, conhece futebol. gosta de táticas, muda esquema, time e o curso da partida em intervalo de jogos e gosta demais do competitivo 3-5-2.
Ele rompeu o ano mítico 2000 com potencial para ser um dos melhores técnicos do Brasil no Grêmio, após vencer um gauchão com o Caxias. Caiu depois, teve mais baixos que altos no Corinthians, Atlético MG e Palmeiras. O Inter é a sua nova grande e esperada chance para retomar uma carreira que, oito anos atrás, parecia meteórica.
A curiosidade fica com o tamanho da mobilidade de Carvalho no Beira-Rio de Piffero e Luigi. Carvalho não conhece portas fechadas no estádio onde é a sua casa. Era o comandante, saiu, voltou. Qual será o seu grau de poder nas decisões sobre futebol, compras, vendas, trocas? A primeira, a segunda, a terceira ou a última palavra.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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