Quatro pontos separam Grêmio e Inter após três rodadas do Brasileirão. A pontuação surpreende fãs e analistas. Pelas primeiras projeções o Tricolor deveria estar entre os últimos e o Colorado no topo. A realidade diz outra verdade. O Grêmio é segundo, o Inter ocupa o décimo segundo posto onde o Flamengo é o líder passageiro antes do final do domingo.
O Grêmio passou pelo Náutico, assim como os times grandes enfrentam os menores. Fez o clássico 2 a 0 sem jogar muito bem. Antes venceu o São Paulo, empatou com o Flamengo. Fosse um pouco mais efetivo no seu ataque estaria com 100% de aproveitamento na competição. Mas a invencibilidade deixa os críticos dos centro do pais de olho no invicto time de Celso Roth.
O Inter perdeu de virada no Rio de Janeiro. Depois do gol de Nilmar, que saiu do jejum (depois desperdiçaria outro incrível), o Flamengo fez 2 a 1. O segundo gol foi de Souza, provando mais uma vez que, com centroavante matador, um time consegue respirar até o minuto 90 e ainda mais um pouco. Antes ganhou do Vasco na estréia, levou outros 2 a 1 do Palmeiras, jogando com 10 homens desde o começo do primeiro tempo.
O Grêmio jogou duas vezes em casa, fez quatro pontos. O Inter jogou uma, marcou três. O Grêmio pegou dois dos melhores times do país (São Paulo e Flamengo), um fora, outro no Olímpico, e somou quatro pontos. O Inter encarou outros dois (Palmeiras e Flamengo), ambos longe de Porto Alegre, e somou zero.
O Grêmio marcou três vezes, não levou um gol sequer e está invicto. O Inter anotou três, mas sofreu quatro. Roth conseguiu jogar três partidas com a mesma formação. Abel Braga mudou o time nas três partidas.
Roth tem os seus titulares inteiros. Abel perdeu seu meio-campo guerreiro (Edinho, Magrão e Guiñazu) e a defesa ficou desprotegida. Em quatro jogos, (somando aí o fiasco do jogo decisivo da Copa do Brasil em Recife), o Inter observou as suas redes serem sacudidas sete vezes. Dá quase dois gols por jogo.
O Inter tem bom grupo de jogadores, observando a realidade brasileira. Tem bons reservas no gol, na defesa e no ataque. Só não tem ninguém capaz de substituir com a mesma competência seu competitivo trio de meio-campo, especialmente quando o enfrentamento envolve times como Palmeiras e Flamengo. O Inter sofre no Brasileirão pela ausência dos seus titulares. Faz algum tempo que Abel não consegue colocar em campo o time ideal.
O Grêmio de Celso Roth surpreende e avança como os times de Roth sempre fazem num primeiro momento. O desafio pessoal de Roth é exibir fôlego semelhante depois de alguns meses de trabalho.
O Brasileirão é longo e difícil. É preciso média para estar entre os primeiros. O Grêmio tem a média ao seu lado. O Inter, não. Mas ainda é cedo para dizer quem vai fazer a melhor campanha entre os dois times gaúchos.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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