Anderson, ao lado de Hargreaves, comemora o seu primeiro título europeu e lembra da Batalha dos AflitosFoto: Alastair Grant, AP |
Garoto de 20 anos do bairro Rubem Berta, em Porto Alegre, criado no Estádio Olímpico, na Azenha, Anderson constrói sua carreira na Europa com a mesma velocidade com que bateu o sexto pênalti do Manchester United na épica decisão da Champions League em Moscou. O ex-gremista entrou em campo quase aos 120 minutos do jogo com o Chelsea. Não tocou um segundo na bola no tempo suplementar. Só foi acariciar a esfera na marca dos 11 metros, segundos antes de disparar seu míssil e sacudir as redes.
Ex-lateral transformado em meio-campo, com passagens pela meia ofensiva, dono de um pé esquerdo especial, Anderson foi campeão português com o Porto, inglês com o Manchester United, europeu com o United outra vez – em alguns jogos atuando como hábil e movediço volante.
Os três anos de carreira européia de Anderson estão sendo brilhantes. Não conheço jogador gaúcho tão jovem e com tantos títulos em tão pouco tempo. Você lembra de algum?
Anderson está entre os quatro melhores jogadores revelados pelo futebol gaúcho no novo século, ao lado de Lucas, Nilmar e Pato. Dos três, três carreiras distintas, Anderson é o que encontrou o brilho mais rapidamente.
Lucas e Pato, craques, ainda buscam a titularidade em seus clubes. Nilmar voltou ao Brasil porque não encontrou espaço no Lyon. Deve tentar nova carreira internacional em breve. Antes precisa recuperar seu apetite pelos gols no Beira-Rio
Ao falar no microfone da ESPN, horas depois da seqüência de emoções que só uma decisão européia proporciona, dada a sua gradiosidade, Anderson ouviu o repórter perguntar se ele não tinha ficado nervoso com a responsabilidade extrema ao cobrar o sexto pênalti.
O jogador olhou firme para o repórter e disse simplesmente que não. Que o jogo entre Náutico e Grêmio, em 2005, historicamente anunciado como A Batalha dos Aflitos, tinha sido muito mais difícil.
Palavra de Anderson, o Andershow, um campeão europeu, um provável campeão mundial.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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