Van der Sar defende o pênalti de Anelka e o Manchester United é o novo campeão da EuropaFoto: Ivan Sekretarev, AP |
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A pequena bola de cal dos 11 metros serviu de base para o bem e para o mal na decisão da Champions League 2007/2008 entre Manchester United e Chelsea depois de 120 minutos de jogo. O United errou uma vez em sete cobranças, com Cristiano Ronaldo cobrando de forma amadora. O Chelsea perdeu duas, com Terry e Anelka. Uma das cobranças foi do gaúcho Anderson. Ele cobrou forte e seco, estufando as redes.
A Europa é do United pela terceira vez (1967/1968, 1998/1999, 2007/2008)) na vitória nos pênaltis por 6 a 5, depois do 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.
O valente e vibrante Chelsea da tarde chuvosa de Moscou continua sem tocar na mais preciosa taça do continente. Seus jogadores também merecem uma medalha.
A decisão, o 1 a 1, foi extraordinária, emocionante, um dos melhores jogos do ano na temporada européia que se encerra. Não permitiu uma só tomada de ar pelo espectador, tamanha a intensidade da partida, a velocidade e a fome por jogadas ofensivas. Um jogo franco, aberto aos sistemas ofensivos, corrido, marcado, disputado, lotado de boas jogadas. Os jogadores não podiam nem pensar, faltava tempo, tamanha a intensidade da decisão, sobrava preparo físico.
O United podia ter feito 3 a 1 no primeiro tempo. Sempre mais perto do gol, o Chelsea podia ter empatado em 3 a 3 no segundo. Os pênaltis chegaram para tirar a dúvida, já que a prorrogação não mexeu no placar. O United foi mais capaz na cobrança dos pênaltis por razões que só os deuses dos estádios podem falar. Mas é mais time. É o melhor do mundo, campeão inglês e europeu
Num acidente de jogo lamentável, Terry escorregou na grama nova, recém assentada, e molhada, e errou o quinto pênalti, justo o que ofereceria a taça ao Chelsea. Ronaldo seria o grande vilão pelo seu trágico erro. Perdeu para o capitão Terry.
Na cobrança seguinte, Edwin van der Sar defendeu com certa facilidade o arremate enviesado do peregrino e irregular centroavante Nicolas Anelka e deu o título mais cobiçado do continente ao mais popular time inglês.
Manchester não vai dormir na enorme festa que todos contarão aos netos. Pela vitória, o Manchester United engorda a sua conta em 108 milhões de euros, segundo um estudo da Mastercard, dirigido pelo economista especializado em negócio do esporte Simon Chadwick, da Universidade de Coventry, a quantia deve ser obtida através dos direitos de exploração de patrocínio, da exposição das marcas, além da renda da
bilheteria. Pelo título, o United é um exemplo mundial.
Festa começa num pub de Manchester, mas não tem hora para terminar (Jon Super)
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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