Os três pontos conquistados no Morumbi faz o Grêmio respirar o ar puro da Serra durante sete dias. Um brisa levou, lavou, uma grossa camada de preocupação do Olímpico. O sopro de ar cessa às 16 horas de domingo, no exato momento em que o juiz de Grêmio e Flamengo levantar a mão e ordenar o toque na bola preta e branca. A licença ambiental de Celso Roth precisa ser renovada a cada 90 minutos. A vitória reabasteceu seu tubo de oxigênio.
O Grêmio jogou bem, foi defensivamente perfeito, taticamente estável, mas sem um ataque insinuante, contra o mix do São Paulo – ao time falta um centroavante, um homem gol.
O Flamengo não será o São Paulo no Sul. Será outro time, bem mais forte, praticamente a mesma equipe que se movia com competência na Copa da Libertadores, sendo derrubado pelo salto alto.
A boa vitória na capital paulista recuperou a auto-estima dos azuis após 30 desagradáveis dias de contestação. As críticas ao técnico diminuíram e foram direcionadas aos que criticavam o treinador. É sempre assim. É normal.
Basta uma vitória, uma só, para mudar o mundo. Volta a derrota, retornam as críticas. Poucos procuram os reais motivos que levaram ao 1 a 0. Se estavam todos no Grêmio. Se o adversário colaborou. Se o jogo foi atípico. Se o outro lado estava completo. Qual verdadeiro o significado do jogo para cada uma das equipes?
Roth melhorou no espaço de uma semana, após o inconseqüente 0 a 0 com o Avaí? Não? O Grêmio foi superior? Claro.
Amistoso em Florianópolis não pode ser comparado a uma estréia de Brasileirão no Morumbi com câmeras de tevê do mundo acompanhando a bola. A doação dos jogadores em nome do esquema impressionou. Impressionou mais do que tudo "a vontade" dos jogadores.
A mão de Roth estava no time e com o time, claro. Seus méritos já foram destacados. A grande questão está na seqüência de jogos. A melhor pergunta é se o verdadeiro Grêmio é o de sábado passado. O Flamengo deve responder domingo no Olímpio sob os olhos de uma torcida saudosa que nâo vê seu time desde o começo do mês passado, 40 dias. O Mengão é bom parâmetro.
A euforia por uma vitória dura meia semana, uma inteira quem sabe. O Brasileirão se espalha em 38 rodadas.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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