Celso Roth se vê perseguido pela mídia. Errado. Ele é perseguido pelos resultados ruins, por um currículo nada recomendável. Roth é mal humorado e nada civilizado nas respostas aos jornalistas, por exemplo.
Roth não é pago para agradar jornalistas ou ser simpático com ninguém. Como as derrotas sempre chegam em seqüência, o atual treinador do Grêmio descarrega a sua aparente fúria nos jornalistas.
Roth detesta torcedores de futebol, como a maioria dos técnicos, e usa os jornalistas como ponte. Roth não está atacando os jornalistas. Está mandando um recado feroz aos torcedores.
O Brasil está lotado de técnicos mal educados e mal-humorados. Roth não é exceção no Estado duas vezes campeão do mundo. Bom técnico, entre os melhores do país, Abel Braga também tem seus rompantes. Mas Abel sofre de um problema mais sério.
Ele queria ser admirado e saudado no Rio Grande como um todo, mas não é unanimidade nem entre os colorados. Parte da crônica não o aceita como bom técnico, independentemente da sua fileira de títulos.
Felipão é um dos mestres da turma dos mal-humorados. Sua falta de educação é histórica, provada e comprovada no Sul, no centro do país, na Europa. Um dos seus pupilos, Adilson Batista, chegou a aprovar uma cartilha de censura à imprensa na sua rápida passagem pelo Estádio Olímpico.
Vanderlei Luxemburgo é outro adepto dos xingamentos, palavrões e palavras cabeludas. Acha que pode tudo. Seu Ego é gigantesco. Émerson Leão imagina que o seu é maior ainda e é uma profissional quase intratável.
Muricy Ramalho faz parte do mesmo time. Na derrota é um profissional (?). Na vitória é outro. Irritado e agressivo quando o time perde. Mais tranqüilo e razoavelmente educado nas vitórias. Nos seus tempos de Inter ele dava shows de grosseria a cada 90 minutos.
Mano Menezes segue a mesma escola de Felipão. Não era assim. Ficou assim no ano retrasado depois de alcançar relativo sucesso no Grêmio. Piorou em 2007. Quando chegou do Caxias era um homem mais cordato.
Os títulos regionais e do da Série B no Grêmio mudaram a sua visão de mundo e mudaram o profissional. Em São Paulo, ao menos no começo, inteligente que é, ele mudou a sua postura. Ao menos de longe parece mais civilizado.
Felipão é ótimo técnico de futebol, talvez o melhor surgido no País depois dos anos 1990 _ único que deu certo no Exterior que conta. Vanderlei Luxemburgo chega depois como o maior vencedor de campeonatos brasileiros regionais. O fracasso na Seleção lhe fez mal.
Muricy é o técnico emergente do novo século. Achou a consagração na primeira década. Mano ainda precisa de um grande triunfo nacional.
Roth começou ainda nos anos 80 e chega ao final da primeira década do novo século sem nada de muito especial no vasto currículo. Sua marca maior é a de um técnico birrento ao contrário de todos os outros, mal educados, porém com tiítulos importantes em seus respectivos armários.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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