O Inter volta ao Everest regional como campeão gaúcho de 2008 depois de dois longos anos de jejum. Do topo, não vê ninguém nas proximidades. Nem mesmo a ex-touca regional, já que o azul ficou no pé do morro.
Os incríveis 8 a 1 ( é, oito) espantaram até mesmo o colorado mais delirante. Ninguém podia prever um resultado tão gigantesco. O Inter massacrou o Juventude no Beira-Rio sem dó, sem pena, no jogo que o pai vai contar para o filho, o vovô para o neto e todos não cansarão de lembrar a história em qualquer conversa, do lar ao bar.
O Ju pagou por todos os seus antigos pecados, pelo título de 1998 contra um Inter de tempos menos gloriosos. Pagou dobrado. O Inter havia perdido três jogos para o Inter em 2008 e sem marcar um gol sequer. Pois no jogo que valia, na decisão, na maior partida do ano no Estado até o maio que nos abriga, o Inter exibiu toda a sua superioridade, seja como coletivo, seja pelos valores individuais. Apresentou um futebol raro, envolvente e encantador. (Use o adjetivo que você desejar).
O Inter fez um primeiro tempo de almanaque de futebol, marcou quatro vezes e deixou o Juventude na roda, correndo tonto atrás da bola. Deixou mais quatro para o segundo tempo. Com 8 a 1 Carlos Simon decidiu acabar a partida. Mais alguns minutos depois dos 90, a chuva de gols superaria os 10.
O competente Ju das outras partidas apagou na decisão. Errou, ficou assustado com o Beira-Rio, não segurou o Inter avassalador.
O Inter corretamente escalado por Abel Braga jogou uma partida completamente acima da sua média. O Beira-Rio assistiu outro show, dias depois da meteórica atuação contra o Paraná. O Inter não repetiu os quatro. Fez o dobro. O Beira-Rio é uma fortaleza.
O time inteiro jogou para ganhar uma nota 10. Fernandão leva um 10 com louvor pelos seus três gols. Fernandão é candidato sério para se tornar o jogador mais importante da quase centenária história do Inter. Ele é o número 1.
Da janela da Redação da ZH, debruçada sobre a Avenida Ipiranga, cortada pelo Arroio Dilúvio, o movimento é de segunda-feira e da hora do rush. Buzinas, carros com bandeiras, colorados eufóricos gritando "campeão" com meio corpo para fora das janelas. Os foguetes estouram a cada minuto.
O Rio Grande é vermelho e barulhento. Não há dúvida. Não existe no ar um só senão. O ano de 2008 começa colorado. Quarta-feira tem mais uma decisão, desta vez pela Copa do Brasil. O Sport Recife é o adversário. Não tem time para vencer Inter, não possuiu valores individuais para tanto. Sua fonte de energia está na motivação e na dedicação. O Inter é o favorito, outra vez.
Será que alguém pode parar o Inter na Copa do Brasil? Nâo vejo quem possa no horizonte do torneio. Via o Palmeiras. Não vejo mais. E você?
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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