O Grêmio leva fé em Reinaldo, que depois de um período de abstinência começou a fazer gols, mas sofreu uma grave lesão no joelho em seguida. Ninguém pensa mais em Reinaldo para o primeiro semestre. O segundo é um futuro muito distante.
A confiança tricolor segue Perea e Soares, jogadores de movimentação, às vezes atuando distantes da aérea. Os dois podem construir um ataque juntos: são velozes, são hábeis, são goleadores.
O Grêmio quer mais. Dois é pouco. Tenta um centroavante mais encorpado, de vivência na grande área, homem que faz da zona do agrião o seu habitat natural. Um cabeceador, um matador da pequena área.
Adriano Magrão é uma hipótese, mas está longe de agradar os fãs mais exigentes. Ao atacante falta os gols que o colocaria sem discussão em qualquer grande time. Magrão não os têm em série, em sequência. Fez apenas dois nos primeiros quatro meses de 2008. É uma média baixíssima, assustadora, inferior ao ritmo do criticado Tadeu.
Adriano Magrão estava escondido no escondido Atlético-GO, mas deu um um trabalho insano à defesa do Grêmio do atrapalhado Celso Roth. A Copa do Brasil ofereceu uma sobrevida ao atacante.
Aos 27 anos de idade e uma década de experiência, com passagem sem maior brilho(leia-se muitos gols) pelo Fluminense, ele ainda pode recomeçar. Os gols são sua mola. Sem eles, Adriano Magrão não é ninguém – ele e todos os centroavantes deste injusto mundo do futebol.
No Grêmio, ele engrossaria o grupo que o Tricolor ainda não tem. Sem 22 bons jogadores (no mínimo), 11 reservas com cara de 11 titulares, não espere nada no Brasileirão.
Pior. Reze.
Num campeonato longo e de de pontos corridos o que vale é a boa média, a regularidade. Altos e baixos condenam ao andar de baixo da tabela. Talvez ao precipício.
PS:
A volta do gande Jardel é mais um dos pequenos absurdos que se comete no dia-a-dia do futebol. O centroavante, um dos melhores da história do Grêmio, grande sucesso na Europa, adorado em Portugal e na Turquia, não tem mais idade, nem físico, talvez nem força de vontade, para recomeçar no futebol profissional. Do Tricolor, Jardel merece uma homenagem. Nunca um novo contrato.
Jardel é ex-jogador assumido. Um goleador que botou cinco anos da sua brilhante carreira no lixo, que jogou fora 200 gols, algumas faixas de campeão, mais de US$ 10 milhões em contratos.
Não é possível confundir o Jardel da melhor memória com o homem de carne e osso dos nossos poluídos dias tomados por políticos ladrões do Norte ao Sul com escala em todos os lugares.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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