Corro ao Rio, mesmo por fone ou internet, em busca de informações mais detalhadas sobre o volante Amaral, nova e pálida contratação tricolor. Amigos vascaínos ficaram felizes com o meu alô, mais felizes ainda com a notícia da saída do jogador de São Januário.
Um deles, ainda navegando na faixa dos 30 anos, chegou a dizer que, ao lado de Roberto Lopes, Amaral formou uma das piores duplas de meio-campo do time carioca dos últimos anos. ´
Outro conhecido, homem de tevê, que é Flamengo, pediu para trocar de assunto. Não acredita que o futebol de Amaral mereça qualquer comentário mais detalhado.
O melhor período do reforço gremista no clube carioca foi ao lado do técnico Renato Portaluppi quando o Vasco usava o retrógrado esquema de três volantes e zero de criatividade no meio-campo. Claro que o Vasco não ganhou nada no período, óbvio que só irritou a torcida.
O Vasco é quarta força no Rio. Nem banco o esforçado Amaral recebia uma chance. O poder de Amaral se mede por aí. No futebol esforço precisa estar aliado ao talento. Um não sobrevive sem o outro.
Amaral é o jogador dos sonhos de Celso Roth, que evita potencializar os garotos da base. Roth adora quem briga com a bola. Ele jamais prioriza jogadores qualificados para o seu meio-campo. Ele prefere a correria, o choque, o tombo, a falta – e o natural cartão amarelo ainda na primeira metade do tempo inicial de jogo é conseqüência natural do seu estilo.
Roth e Amaral se merecem. Quem não merece os dois é o Grêmio, ao menos o Grêmio que sonha grande.
Dezenove dias antes do início do Brasileirão, o Grêmio ainda não conhece o seu time titular. Pior, ainda não tem time titular. Entre os 20 clubes da competição talvez esteja nas mesmas condições do Ipatinga.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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