Ronaldinho, que largou o Barcelona, agora namora com o MilanFoto: Arquivo, AP |
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Agências de notícias da Europa garantem que Ronaldinho está se aproximando do Milan. O que era namoro distante, quase platônico, pode se transformar numa subida ao altar – se o Chelsea deixar.
O Barcelona anda louco para mandar o Gaúcho adiante, bem longe da Espanha, especialmente do Real Madrid. Não quer mais um profissional que faz que joga, mas não joga. Foge dos treinos fortes, admite lesões que os médicos desconhecem, flerta com a noite como se fosse alguém criado da vida noturna, conforme dados da imprensa da Catalunha.
O Grêmio olha de longe a crise, mas usando um bom binóculo. Está totalmente interessado no "imbróglio", não no jogador. Se o Barcelona acertar a saída do ex-número 1 do planeta, o Tricolor recebe cinco por cento do valor conforme manda a regra de formação de jogadores da guardiã Fifa.
A cláusula de rescisão de contrato de Ronaldinho com o Barcelona é de 125 milhões de euros. Vendido, ele geraria ao Grêmio algo como 6 milhões de euros. O valor, no entanto, é miragem.
Hoje ninguém pagaria tal fortuna pelo desgastado jogador de 28 anos. Este é o melhor dos cenários para o Grêmio. O ruim, o pior, é se o jogador recorrer ao Artigo 17 do regulamento de transferência da Fifa, cláusula que permite a um jogador romper unilateralmente seu contrato após três anos de vigência.
Como tem mais de três anos como camisa 10 do Barcelona, Ronaldinho pode sair do clube na hora que quiser. Agora mesmo, neste instante. Basta pagar de 16 milhões de euros ao clube. O Grêmio não ganharia com esta operação ao contrário do que escrevi antes. Mas ganhará, por certo, do clube que contratar Ronaldinho, seja qual for o valor do negócio.
De qualquer fora, usando o Artigo 17 da mãe Fifa, Ronaldinho, pelo dinheiro que envolve o seu nome, contratos publicitários, etc., ficaria queimado no mercado europeu dos grandes clubes. Raros vão pagar uma fortuna sabendo que três anos depois o supercraque pode sair como e quando quiser pagando uma ninharia – perto do real valor do seu contrato.
Ah!!
Pelo Artigo 17, o jogador precisa avisar seu clube 15 dias antes de se mandar e não pode jogar em time do mesmo país durante um longo ano, segundo o meu colega Diego Olivier, o jornalista que mais conhece Ronaldinho no Brasil.
Um dia ele vai seguir a minha sugestão e escrever um biografia sobre o Gaúcho. E olha que ele pode escrever uma definitiva sobre o jogador. Da Vila Nova ao trono do Barcelona.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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