Os fantasmas do Serra Dourada voltaram, o Grêmio jogou sua pior partida desde o trágico ano da Série B e levou um banho de bola do Atlético-Go, um time de classe inferior no futebol do Basil. O 2 a 1 final não diz o que foi o jogo.
O aplicado Roger achou um gol no final da partida e salvou o vexame tricolor. O resultado de 1 a 0 no Olímpico, quarta-feira que vem, mantém o Grêmio na rota da Copa do Brasil.
Foi uma derrota com o clássico carimbo do técnico Celso Roth. Não só escalou o time errado, como fez três substituições equivocadas nos 94 minutos de jogo. Perdeu um volante (Nunes) e colocou um zagueiro (Thiego). Trocou Anderson pelo irregular Hidalgo. Tirou Jonas e apostou em André Luiz.
Roth não usou os neurônios durante todo o jogo. Deixou um volante (Júnior) no banco e, mesmo perdendo, resolveu jogar com quatro zagueiros, liberando Paulo Sérgio, que falhou em todas as jogadas ofensivas. Todas, eu disse. Se tentou um 3-5-2, jamais funcionou.
Usou ainda um ataque leve demais para as circunstâncias da partida, com Jonas, depois André Luiz, deixando um Tadeu, centroavante mais forte e pesado, ideal para campo molhado, no banco.
A única opção ofensiva eram as jogadas áreas, bolas levantadas, inócuas todas. Taticamente o time foi um desastre, um meio-campo desorganizado, uma defesa sem proteção, um ataque sem nenhum poder de conclusão, sem criar uma só jogada de gol de verdade.
Roger, pela sua determinação, não pela sua criatividade, foi o melhor do Grêmio. Com Jean na zaga, o Grêmio sofreu três gols em dois jogos. Pereira, quem diria, dá saudades.
Roth fez tudo errado, perdeu uma invencibilidade de 19 jogos e ainda disse que o Serra Dourada é um campo com armadilhas. Seu time foi, por outro lado, prejudicado por três lesões (Anderson, Nunes e André Luiz).
O Grêmio jogou parte do segundo tempo com 10 jogadores, depois da lesão de André Luiz. Fez um gol por um destes milagres do futebol. Poderia ter levado 3 a 0. Não seria nenhum exagero.
A derrota levanta todos os cabelos dos tricolores no Gauchão e questiona o real valor do time de 2008. O Gauchão é ilusão? O Juventude não está morto. O Atlético-Go está ainda mais vivo do que quando pisou os 118m de comprimento por 80cm de largura do Estádio Serra Dourada. Ninguém sabe como o adversário de Goiás se comportará nos 105m por 68m do Estádio Olímpico precisando apenas de um empate.
Você pode imaginar?
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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