O Grêmio completou a primeira fase do Gauchão como a equipe de melhor rendimento. O Inter entrou em segundo lugar. Em janeiro e fevereiro passados se pensava o contrário. Nada mais natural. O Inter ostentava o mesmo time formando quase meio ano antes. O Grêmio começava quase do zero, com apenas Eduardo Costa como remanescente da temporada 2007. O futebol foge da realidade a cada 90 minutos, imagine numa competição inteira.
O Grêmio foi a maior surpresa do Gauchão. O Inter, apesar da boa campanha, jogou menos do que seus fãs imaginavam, esperavam. Pode se dizer até que Grêmio e Inter disputaram dois campeonatos paralelos, pois jogaram em duas chaves opostas. Enfrentaram adversários diferentes, em campos distintos, com exceção do Estádio Centenário. No peso dos adversários, porém, os dois grupos eram equivalentes, embora o Inter tenha pegado mais estrada, viajado mais. O Grêmio foi melhor. Os números provam.
As quartas-de-final começam sábado com a sorte (ou a competência ou o destino ou chame o que você quiser chamar, caro leitor) de mãos dadas com o Inter. Na melhor cadeira, o Colorado pode assistir a decisão entre Juventude e Grêmio (vai torcer para quem? ou deseja a impossível derrota dos dois?) enquanto espera a desestimulante equipe da Ulbra no domingo – que nem torcida tem, que ainda não conseguiu formar uma.
Antes de a bola rolar, a tarefa vermelha parece imensamente mais fácil – na teoria, na linha da lógica. A Ulbra nunca assusta (assustou) a Dupla – fora alguma partida ocasional e imprevisível. O Juventude tem mais tradição, experiência, história.
Fica fácil (confortável) dizer que o Juventude sempre se entrega ao Grêmio, fica superficial garantir que o Inter sempre joga menos do que pode contra os serranos. Somando tudo, o Inter entra mais confortável nas quartas-de-final do Campeonato Gaúcho. Entra como o melhor time.
Observando jogador por jogador, entre todos os outros sete classificados. o Inter tem mais time, mais grupo, mais experiência. É o favorito. Não quer dizer que vai erguer a taça apenas com qualidade que tem. Ninguém pode afirmar. Até porque o Grêmio é o time mais regular da competição e o Juventude, bem, o Juventude é sempre um time imprevisível – especialmente contra o Inter.
São os três candidatos ao título. Não há mais nada no horizonte da final do Gauchão do que o vermelho, o azul ou o verde, vice-campeão no ano passado. O final de semana nos oferecerá uma pista do futuro.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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