Acidente de trabalho. OK! Noite ruim das individualidades. Certo! Jogo no qual o coletivo emperrou. Óbvio! Tudo certo, tudo tem desculpa, explicação. O futebol é um mar de queixas a cada derrota, do juiz ao gramado, passando pela fadiga aos reservas utilizados.
Mas a goleada que o Inter sofreu na Serra mostra e prova, outra vez, que o colorado treme quando vê o Juventude. Não tremeu sob o olhar imperial do Barcelona, no Japão, tremeu ante os camisas verdes do Juventude, em Caxias do Sul.
A cor verde é a kriptonita do Inter. Pior do que os 3 a 0, muito pior, foi o banho de bola. O Inter estava tonto no bom gramado do estádio. Não marcava, não fazia a rotação, não acertava passes, não chegava ao gol adversário. O Inter lembrava um time pequeno, naturalmente intimidado ao enfrentar um grande longe de casa.
Os 3 a 0 foi a maior decepção do Inter nos últimos meses, acelerado pelo 1 a 0 do primeiro turno no Beira-Rio. O Juventude é o fantasma do Inter. Se espera tudo de um encontro com os dois. Até uma goleada. Para o Juventude.
Ainda se busca explicação lógica para o fenômeno. Enquanto não se chega a um consenso, fico com a realidade da partida, onde o Juventude jogou muito e o Inter não jogou nada. O time de Caxias encarou uma decisão, correu acima do normal, o Inter, parece, assistiu tudo como um amistoso.
O resultado não altera a colocação do Inter no seu grupo. Será o número 1, com certa folga. A derrota, por outra lado, fez mal, mal mesmo, à auto-estima vermelha. Os reflexos devem ser notados em breve. Para o bem ou para o mal.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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