O fantasma colorado é verde e mora no topo da serra gaúcha. Não que o Juventude assuste o Inter, mas incomoda todos os anos. Chama crise, acelera vaias. Sempre perturba a tranqüilidade do Beira-Rio com vitórias impossíveis em jogos aparentemente fáceis – se não tranqüilos, perfeitamente administráveis.
Foi assim no começo de fevereiro, serranos 1 a 0 no Beira-Rio. Grande surpresa, primeira e única derrota do Inter na temporada. O Inter caiu em casa. Uma derrota em casa, você sabe, fragiliza a equipe.
A extrema rivalidade entre Inter e Juventude foi sendo construída aos poucos nas últimas duas décadas. O Juventude foi campeão gaúcho no Beira-Rio. O Inter não esquece.
Às vezes, o Inter entra em campo imaginando que o Juventude é o inimigo a ser batido de qualquer maneira. Fica nervoso, perturbado, joga menos do que sabe, entrega o jogo.
Colorados mais extremados acusam o Ju de jogar com menos gana, vontade, dedicação, contra o Grêmio. Bobagem. Joga igual. São todos profissionais – até que alguém prove (prove) o contrário.
O Inter é que se comporta de uma maneira diferente contra o Juventude. Sempre imaginando que o mundo vai acabar depois da partida. Não encara a partida como um jogo comum. O dia que o Inter enfrentar o Ju como se fosse um time qualquer, mais um, outra equipe do Gauchão, e não o fantasma da Serra, a história vai ser outra.
O problema, normalmente, não é o Juventude. É a cabeça do Inter quando enfrenta o Ju. Time por time, o Inter é melhor, disparado. Normalmente é.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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