Na discussão do que foi pior em Novo Hamburgo do histórico Estádio Santa Rosa, se a grama rala e esburacada ou a sensação térmica de quase 40° C, os dois venceram. É complicado tentar jogar futebol num ambiente hostil.
Pois o Grêmio, ainda em formação, jogou e ganhou (1 a 0) do Nóia suando e sofrendo. A vitória sempre tem um valor. Os três pontos do jogo do Gauchão garantiram a classificação antecipada do Tricolor na nova fase da competição.
Valeu o resultado. O Grêmio tem 87% de aproveitamento, é líder invicto do seu grupo e do Gauchão. A campanha supreende, o Grêmio surpreende. Não é sempre que um time recém formado, como menos de dois meses de entrosamento, consegue tal performance.
Quase que o entusiasmado Novo Hamburgo empata o jogo aos 95 minutos. Marcelo salvou perto da linha da goleira. Antes, no final do primeiro tempo, Perea voltou a marcar. No segundo, o colombiano saiu, logo depois de Soares.
Com dupla nova no ataque, André Luis e Tadeu, o Grêmio pouco atacou. Será difícil marcar gols com os dois, lado a lado. Sem Perea, o ataque azul fica pálido, quase inofensivo. Perea já faz a diferença.
O certo é que o Grêmio venceu, mas não jogou bem, especialmente Roger, que fez o seu jogo mais discreto desde que chegou, e Julio dos Santos, que ainda busca sua melhor forma. A criatividade do meio-campo quase sumiu no segundo tempo.
Outro problema, mais antigo, é a ineficiência dos laterais nas jogadas ofensivas, opção decisiva no futebol moderno. Nem Anderson, muito menos Paulo Sérgio e Hidalgo, conseguiram lucidez no momento do ataque. Bom jogador, Anderson ainda é afobado, dado a sua inexperiência. Precisa de mais tranqüilidade na hora do passe ou do cruzamento.
O Grêmio ainda é um time em construção, mas hoje, para jogar bem e exibir alguma competitividade, Roger e Perea precisam jogar, e bem. Sem um, ou outro, o Grêmio cai, o adversário sente e cresce. Foi assim em Nova Humburgo.
Por outro lado, a campanha gremista diz que o time tem futuro.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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