O Inter ainda não jogou duas partidas seguidas com o mesmo time em 2008. Jogaria hoje, não fosse o problema estomacal de Fernandão. Sem seu craque histórico (o maior deles), líder e norte, o Inter fez um dos seus melhores jogos dos primeiros 60 dias do ano. Empilhou seis gols no Guarani, mesmo jogando no Interior, num gramado irregular.
Com Fernandão ausente, Alex tomou o timão e guiou o Inter – seu coadjuvante foi Iarley, autor de dois gols, seis na competição. Alex marcou dois gols, chegou aos sete e é o goleador do Gauchão e do Colorado na atual temporada. O Inter precisava vender um ou dois jogadores até agosto, segundo a palavra dos dirigentes. Alex deve ser o negócio da vez.
Nada de Nilmar. Alex é o nome do gol e das goleadas, o melhor jogador em atividade no futebol do Rio Grande do Sul. Louve-se Abel Braga que encontrou um lugar especial para o jogador onde ele tem liberdade absoluta para criar. A liberdade o coloca mais perto da zona de definição.
O pé esquerdo de Alex é a mais letal arma ofensiva do Inter dos nossos dias. Uma falta nas proximidades da área é meio gol, um chute da frente da área é gol certo.
Claro que o Inter encontrou um adversário sem qualidade (o Grêmio viu o seu 24 horas atrás). Não teve pena. Fez seis, seria natural se tivesse marcados mais três vezes. Três poderia ser a cota do ausente Fernandão.
O Gauchão só tem Grêmio e Inter, apesar da fase mata-mata que se aproxima. O Juventude perdeu espaço, o Interior busca a sua nova terceira força, mas ainda não existe consenso.
A briga agora é para saber quem vai sediar o jogo da final, Olímpico ou Beira-Rio. Mas o Inter continua como o grande favorito da competição. Seu time se conhece desde o ano passado. O Grêmio ainda busca sua cara.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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