Anderson Pico levou a maior dose de elogios na boa estréia do Grêmio no Gauchão. Fez até gol na vitória de sábado contra o 15 de Novembro, 3 a 0 fácil, depois que o adversário contou com apenas 10 jogadores durante quase uma hora.
O jogador é um dos raros que atua na lateral esquerda (e bem) sem usar a perna esquerda como preferencial. Ele é destro, dono de um chute forte e preciso, o que não é muito comum. Bate bem falta e pênalti.
Mas quando vai ao ataque, na hora do cruzamento, ele, ás vezes, precisa enquadrar o corpo e trocar de pé no momento do levantamento. Ao trocar de pé, Anderson perde segundos preciosos, facilita o controle da zaga adversária.
O jogador também tem certa dificuldade em fazer a jogada de linha de fundo, algo definitivo na vida de um lateral (ou ala). Anderson é muito jovem, é bom jogador, tem futuro, mas talvez seu melhor lugar não seja na lateral esquerda, nem mesmo na lateral direita.
Acredito que Anderson possa atuar no meio-campo com vantagens sobre o Anderson lateral. Ele sabe jogar, chutar, lança e passa bem e tem boa velocidade e um drible interessante.
Mancini poderia testá-lo com um terceiro homem de meio-campo. Lateral esquerdo de futuro é Marçal, dos juniors. Não precisa buscar outro como Paulo Sérgio que, apesar de esforçado, não tem os apetrechos necessários para a posição como a inteligência no passe e a qualidade no cruzamento.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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