Passou do constrangimento. Atingiu o fiasco. Explodiu na inconsequência.
Em sete jogos fora, o Grêmio perdeu seis, empatou uma. Caiu na tabela. É décimo colocado depois de nova e justa derrota no Morumbi, São Paulo 2 a 1. Não que seja um crime perder no Morumbi.
Não. Nunca. Ruim é perder, jogar mal e lentamente, se conformar e imaginar que está tudo bem, tudo certo. Nem falta o Grêmio fez na partida. Foi um cordeirinho no gramado do Morumbi.
Foi a pior partida do Grêmio em longos meses. Palavra de um dos piores do time no jogo, voz de Souza
O G-4 está tão distante e possível quanto Marte da Nasa.
A trajetória do Tricolor é de time absolutamente comum. Não parece comandado por um técnico superior, incensado, salário de R$ 250 mil a cada 30 dias. É campanha de treinador de Série B. Chame um e a performance do Estado será rigorosamente igual.
Autuori ainda deve boas performances. Se foi elogiado no Gre-Nal, como quase todo o time, merece as mais severas críticas na noite paulistana.
Falta postura tática, falta atitude, falta inteligência, falta vontade em jogos onde o Olímpico, a Geral e os seus e o povo gremista não jogam junto. Fora, os azuis enterram a cabeça na grama como avestruzes.
O Grêmio é o pior time do Brasileirão em jogos disputados fora de sua casa. É um fiasco.
Em São Paulo, levou o popular toque de bola no primeiro tempo. Se fosse 4 a 1, raros reclamariam, só os visualmente prejudicados se incomodariam.
Autuori teve um dia de Roth. Viu um jogo que eu não vi, talvez nem você. Disse que Victor fez duas defesas no jogo. Não falou que não fez outras duas, as mais importantes do jogo. Víctor não é culpado de nada. Culpado é o esquema, as opcões superadas, a idéia de time, o posicionamento em campo, jogadores em qualidade.
Héber Roberto Lopes viu o pênalti que não houve em Jonas, mas notou dois falsos impedimentos que prejudicaram os gaúchos, numa deles Maxi López, de atuação opaca, partia só, rumo ao gol.. Héber é árbitro em decadência. Prejudicou o Inter na Copa do Brasil semanas atrás. Lembra?
Quando estava 2 a 0, Autuori usou Jonas para tentar mudar a partida. Não mudou nada, como de costume.
Quando ainda estava no vestiário, insistiu com Fábio Santos como lateral, levou dois gols pelo lado esquerdo.
Quando precisou de qualidade no meio, manteve Tcheco, que assistiu ao jogo.
Quando precisou dos seus jogadores experientes, olhou em campo e os veteranos estavam escondidos, amortecidos pelo futebol de Hernanes, Dagoberto, o melhor em campo, e Jean, entre outros. O São Paulo é muito mais time, tem jogadores mais qualificados, um coletivo superior.
O que o Grêmio mostra, o que ninguém consegue esconder, é a falta de qualidade. O meio não funcionou outra vez, a zaga faz água, os laterais não existem, como de costume, os atacantes não recebem bolas em condições de marcar. Ou o Grêmio contrata, com total urgência, e Autouri arruma de vez o seu time, ou a faixa da Sul-Americana é única saída. É a porta de emergência.
Douglas Costas entrou com alguma energia, desferiu um bom chute, mas ainda está muito tenso, afobado, nervoso. Merece novas oportunidades. É a única luz no banco, pois a bateria de Autouri anda fraca.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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