Tite volta ao Beira-Rio 72 horas depois da queda no Gre-Nal 100. Ninguém sabe como o treinador pode enfrentar a panela de pressão vermelha.
Tite será o que o seu time for em magros 90 minutos. Com os gols, brotam os aplausos e o otimismo. Com os gols contra, nasce a desconfiança e as vaias. Não adianta jogar bem e ficar debruçado no 0 a 0. A vitória é tudo nesta décima terceira rodada, 13 de 38 jornadas. Seu significado é gigantesco.
O São Paulo não tem o mesmo e letal poder dos ricos anos Muricy. Exibe os mesmos jogadores, mas Ricardo Gomes ainda não embalou, recém contratado. Ele precisa de tempo, o que os grandes clubes nem sempre tem.
Semanas de promessas de novo futebol é o que Tite não tem mais, nem mais um segundo. Seu time precisa se recuperar logo, hoje, agora, nesta quarta.
Não que a sua posição seja desconfortável no Brasileirão. Não mesmo. Está no G-4, na faixa bendita da Libertadores. Mas a queda de produção é visível.
O topo da tabela é tão volátil que a rodada pode se encerrar com o Inter na ponta, líder exclusivo. Pode, ao mesmo tempo, pessimismo puro, terminar em quinto, afastado dos quatro melhores e do torneio continental.
Os riscos da rodadas são intensos. Tite sabe, conhece e usa o seu melhor elenco disponível. O resultado do clássico ainda está vivo, latejando, não será esquecido tão cedo.
Uma vitória convincente, no entanto, retira certo calor da panela de pressão. Faz Tite respirar com os próprios pulmões, sem ajuda.
Mais do que um teste, o São Paulo é um perigo. Se ganhar em Porto Alegre, creia, não será surpresa. O São Paulo é forte em qualquer estádio, mesmo em momentos de transição. Quando está mal, então, se torna imprevisível.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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