O Grêmio precisa fazer de tudo e mais um pouco para escapar vivo do Mineirão e uma das decisões mais óbvias será a de anular Kléber, jogador violento e goleador. Sua média de gols é quase uma rede estufado a cada 90 minutosFoto: Daniel Kfouri, AP |
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É do Grêmio a melhor campanha na primeira fase da Copa Libertadores. Foi pela rota do Grêmio que atravessaram alguns dos mais inconsistentes equipes do torneio.
Nada de culpar os gaúchos, que foram decapitando os adversários, um por um, desde fevereiro. Cinco meses de batalha, todas vencidas.
As fraquezas dos adversários vencidos expôs uma série de problemas do Grêmio, três técnicos depois. O coração dos azuis quase parou no final do jogo com o Caracas, no Olímpico, quando dois jogadores adversários perderam um gol ao mesmo tempo no interior da pequena área no final do jogo. Seria o crime da temporada.
O Cruzeiro não será o Caracas, muito menos o Aurora ou o Boyacá Chico. O Grêmio, enfim, encontra um adversário de mesmo valor. Um encontro que se mostra absolutamente imprevisível. Seria impossível adiantar um favorito nos dois jogos.
Isolando os dois, vendo um por um, o Cruzeiro é o favorito em Minas, o Grêmio é o favorito no Rio Grande do Sul. Serão 180 minutos distintos. Serão dois jogos. Não apenas um, dividido em dois tempos.
O fator local será decisivo, definitivo. A tarefa do Tricolor é sair respirando de Belo Horizonte.
O Cruzeiro tem uma base de jogadores mais antiga que o Grêmio, seu técnico Adilson Batista está no clube desde a temporada passada, ganhou o título mineiro, goleou o Atlético MG sem parar, mas é contestado pela torcida por suas constantes invenções táticas. Tanto quanto Celso Roth foi no Grêmio, sem comparar os dois técnicos. Adilson "Pardal" é um nome comum em Belo Horizonte.
Um das diferenças pró-Cruzeiro é o seu violento Kléber. Ele bate por trás, sofre muitas faltas também, mas é bom jogador. É um corajoso goleador, matador. Fez 20 gols em 23 jogos na temporada, uma média extraordinária. Quase um gol a cada jogo.
É dos gols de Kléber, quase um hábito, que o Grêmio precisa se livrar. Escapando de Kléber, marcando Kléber, anulando Kléber, o Grêmio começa algo extremamente positivo.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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