A melhor colocação do Fluminense no Brasileirão do novo milênio foi um terceiro lugar em 2001. Na temporada passada, priorizando a Copa Libertadores, onde foi vice-campeão, ficou encostado num amargo décimo quarto lugar.
O Flu é exemplo para o Grêmio. Bom por um lado, péssimo observando do outro. É positivo porque disputou a final. É negativo porque desistiu durantes algumas e decisivas rodadas do Brasileirão.
O Flu é o time mais rico do Rio dos nossos dias, o que mais investe, o que conta com o patrocinador mais generoso. Três jogadores, Fred, Leandro Amaral e Thiago Neves, ganham quase R$ 1 milhão a cada 30 dias.
Não há um só gremista com salário igual ao de Fred, R$ 350 mil. Máxi López recebe R$ 180 mil. Quem banca os altos salários do Flu, como os R$ 500 mil mensais do técnico Carlos Alberto Parreira, é um patrocinador carioca. Sem ele ou o dinheiro da TV, o Flu seria um Bangu. Não há projeto, uma idéia de sustentação do clube à longo prazo.
O futebol brasileiro é uma miragem. Clubes como o Fluminense podem nadar em dinheiro num ano, naufragar em dívidas no seguinte, Não seguem uma lógica. Dentro de campo, com a força do patrocínio consegue, ao menos no papel, que aceita tudo, fazer um bom time.
Os altos e baixos são naturais no atual processo. É quase impossível investir num trabalho sério de longo curso. O clube que menos investe, que paga os salários mais de acordo com a realidade do futebol carioca e brasileiro é o Botafogo, que não anda atrasando salários.
O técnico é campeão do mundo, o principal atacante é de Seleção, o meia canhoto é um dos melhores do Brasil. O Fluminense joga em casa, o Maracanã é referência, o favoritismo está ao seu lado.
O novo esquema do Grêmio ganha um bom teste, sem dúvida. O Flu é superior ao Caracas, adversário da quarta-feira. Esquema que funciona contra o Flu não deve ser problema com os venezuelanos. Muito pelo contrário.
O Grêmio quer mostrar no Maracanã o que o futuro com Paulo Autuori pode reservar dentro de campo. O esquema é novo. A expectativa é grande. Já é possível esperar algo mais do técnico.
Nunca um técnico foi tão esperado no Olímpico. Chegou a sua hora.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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