O Inter perdeu em Curitiba e alcançou a final da Copa do Brasil. O Inter empatou em Minas e continua líder invicto e isolado do Brasileirão com 13 pontos.
A boa fase colorada é histórica. A sorte, se é que ela existe, também anda jogando ao lado do melhor time do país. A boa sorte segue os melhores.
No Mineirão, longe de uma lotação ideal, o Cruzeiro foi melhor em campo, dominou quase o jogo inteiro, concluiu 17 vezes contra quatro do adversário.
O Inter, sempre muito aplicado e disposto, jogou atrás outra vez. Fez o gol e recuou, recuou. Ficou com receio de forçar o ataque e quase perdeu. O empate teve gosto de bom resultado, mas tirou do Inter a condição de 100% no campeonato.
Tite cometeu o maior erro da partida quando retirou Alecsandro depois da expulsão de Lauro, aos 17 minutos. Inutilizou o ataque, deixou Taison como isca de zagueiro. Poderia ter sacado um dos três volantes, Magrão talvez, porque o adversário teve o seu melhor atacante expulso.
Tite poderia ter reformado a equipe com quatro zagueiros (um ala), dois homens no meio-campo, um meia, um atacante. Tite é da escola gaúcha de treinadores, é defensivista por formação, tem a defesa no seu DNA. É, apesar da cultura gaúcha defensivista, um dos melhores treinadores do país.
O técnico gaúcho ficou com quatro zagueiros, quatro homens de meio-campo, três deles volantes, e deixou Taison isolado. Oito defendiam.
Tite abriu espaço para as investidas do Cruzeiro, que só não ganhou o jogo por absoluta imperícia do seu ataque e, lógico, pela defesa superior que o Inter possui.
Com um pouco mais de fome ofensiva, o Inter teria vencido o jogo em Minas Gerais. Seria ainda 100%. Mas empatar com o Cruzeiro em Belo Horizonte nunca é um negócio ruim. Nem num mau dia do técnico Tite.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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