O Grêmio faz da capital Lima a plataforma do seu novo e esperançoso vôo. Joga no Peru o seu futuro imediato. Estende em campo seu poder, seu máximo.
O adversário não recomenda. É o modesto San Martín, mas é partida da Libertadores. É oitavas-de-final, é mata-mata. O traiçoeiro mata ou morre. Derrota por escore largo, um acidente de percurso, pode triplicar os problemas no segundo jogo em sete dias no Rio Grande do Sul.
A lógica da Taça Libertadores não é amiga de ninguém, muito menos dos melhores. Ela deixa todos na mão.
O que se espera é a vitória gremista no Exterior. Suas três vitórias fora do Olímpico, mostraram um Grêmio corajoso e ofensivo, especialmente nos dois jogos com Marcelo Rospide como interino, hoje de 31 dias, dia de estréia na segunda fase do torneio.
O Grêmio é superior ao San Martín. Lá e aqui. Joga mais, exibe melhores jogadores. Mas o adversário, como todos os da Libertadores, precisa de atenção.
O San Martín não é um fantasma, não faz também o papel, papelão de um Aurora. É melhor, joga em casa, já ganhou do River. Faz o tudo ou nada em 90 minutos. Precisa ganhar e bem. Vai atacar, forçar, jogar a partida de 2009. Sabe que se perder nas suas terras, na distante Porto Alegre a vitória seria ainda mais remota.
Todos os três primeiros adversários do Grêmio na fase inicial do torneio elogiaram a postura defensiva dos gaúchos. Três zagueiros, mais dois homens de marcação no meio, dois alas com cuidados defensivos, quase o time inteiro marcando.
O que o Grêmio precisa em Lima é de um sistema defensivo forte, mas com ambição ofensiva, com um contra-ataque poderoso. Maxi López é centroavante, precisa de jogadas pelas pontas, cruzamentos, lançamentos. Não pode ficar isolado, marcado por dois zagueiros, ilhado sem o cruzamento e o garçom. Ele é o homem do gol, mas precisa ser assistido. Sozinho não é nada.
O Grêmio é o seu contra-ataque em Lima. É Souza, mas o de futebol competitivo, não o cara do terceiro drible, da firula, do passe lateral. Com o Souza real, as chances de vitória aumentam.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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