O Grêmio fecha seus quatro primeiros meses do ano num jogo noturno no Olímpico. Aguarda um adversário modesto no ranking da bola latina, mas uma possível vitória dos gaúchos não tem nada de humilde. Ergue o Tricolor como o melhor time da primeira fase da Copa Libertadores da América.
O título simbólico não é pouco, 31 equipes lutam pela mesma colocação, só uma chegou ao topo. Para erguer sua bandeira mais alto, o Grêmio precisa superar o Boyacá Chicó.
Não é tarefa a indigesta, se jogar o que sabe e o que pode faz um, faz dois, faz mais. Não será um dia comum no estádio, mas uma super terça-feira para mais de 40 mil pessoas.
O Grêmio trafega no Grupo 7 do torneio, ao lado de adversários sem grife continental, mas emergentes na Bolívia (Aurora) e Colômbia (Chicó) e tradicional no Chile (La U). Ao lado dos gaúchos fica a valorização por ter superado os três em seus respectivos países. Ganhou todas longe de Porto Alegre.
O que preocupa os que vestem azul é conseguir avaliar corretamente o poder da sua equipe, hoje dirigida por um interino, sem um preparador físico titular. Claro que Marcelo Rospide e Luciano Ilha merecem elogios. Pegaram o barco em crise, as ondas subindo pelo convés, e conduziram a embarcação rumo a um mar aparentemente mais tranquilo.
Nas mãos de um interino, carente na zaga, sem dois bons alas, com um meio-campo que às vezes desliga e sem um dupla de ataque afinada, será que é possível enfrentar com sucesso o maremoto do mata-mata? A vitória em casa é fundamental nesta terça para que o adversário da próxima fase seja um adversário, teoricamente, inferior. Não um Boyacá. Quase.
Não pense, um segundo só, que Paulo Autuori é capaz de fazer milagres com o atual grupo. Não é. Eu afirmo. Ele precisa, como Rospide ou qualquer outro, de reforços, bons jogadores, zagueiro experiente, ala, volante, meia.
A nova fase (ou novas se o Grêmio avançar pela América) da Libertadores será abalroada pelo começo do Brasileirão. As duas competições se misturam, se unem em maio e junho e quem deseja vida útil nas duas precisa se reforçar enquanto é tempo.
Em determinado momento, na decisão, na hora da sobrevivência, a qualidade do jogador sempre importa, mesmo que o coletivo continue mandando no futebol.
A queda numa das competições pode afetar a outra naturalmente e o Fluminense de 2008 é claro exemplo. Planejamento é bom. Encorpa. Faz crescer.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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