Você, fã do futebol, a cor pouco importa, sabe, melhor do que eu, que o preparo físico de uma equipe é decisivo. fundamental, primordial. Sem a condição física ideal, o jogador patina. Nem a técnica aparece, porque a técnica precisa de músculos, o drible necessita da velocidade e agilidade.
Um dos segredos do Grêmio em 2008 na sua fantástica arrancada no primeiro turno do Brasileirão foi o seu preparador físico Flávio Oliveira, um dos mais capacitados do Brasil. Oliveira ofereceu base para o 3-5-2 de Roth.
O Grêmio voava em campo pois conseguiu fazer uma pré-temporada antes da competição, ao contrário da grande maioria dos clubes. O Grêmio se pereparou antes, mais e melhor do que outros competidores.
Nas mãos de um interino, à espera de Paulo Autuori, o Grêmio vai muito bem na Libertadores, mas ainda sem a mão do seu novo preparador físico, correndo pelo trabalho do que saiu. A direção atual não entendeu ou não sabe que preparador físico é empregado do clube, é escolha dos dirigentes de plantão e nunca, jamais, a escolha pessoal e intransferível do técnico.
Quando o treinador é demitido ou deixa o clube, o profissional da preparação física, não sai junto. Fica. Carlinhos Neves, do São Paulo, é exemplo. Ele é da casa, os técnicos passam..
O clube aponta o técnico, o clube pode e deve escolher o preparador físico e oferecer-lhe um contrato longo.
A direção tricolor errou ao deixar que Roth apontasse o seu preparador físico, Beto Ferreira. Saiu um, caiu o outro também. Flávio Trevisan, por exemplo, estava desempregado. Não recebeu uma só ligação do Olímpico. É competente. Conhece o Grêmio e a aldeia.
Técnico interino passa, tem validade por um tempo curto ou mais longo, depende, mas preparador físico interino é demais para um clube que deseja erguer uma taça como Tri da América. Os efeitos não serão imediatos, claro. Eles chegam depois, talvez inundem o Brasileirão.
Um preparador físico recém chegado precisa de dois, talvez três longos meses, para fazer uma equipe correr de acordo com os seus métodos. Noventa dias no Brasileirão é um ano inteiro, alegria ou sofrimento.
Ao menos que Luciano Ilha seja uma revelação que nós todos desconhecemos. Uma agradável surpresa, um preparador físico para muito tempo, independentemente da vontade de Paulo Autuori. .
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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