O terceiro Gre-Nal da temporada se aproxima como uma nuvem vermelha sobrevoando o Beira-Rio. O fog rubro envolve o estádio que foi da Seleção durante 72 horas. Dunga deixou rasos ensinamentos, Kaká jogou como um craque, Felipe Mello, de amargas recordações gaúchas, atuou como grata revelação.
A Seleção não deixou saudades, mas voou com a certeza de que é sempre bem-vinda aos Pampas. Não é todo o dia que é possível assistir em Porto Alegre Kaká, Pato e Ronaldinho juntos, escoltados pelo melhor goleiro do mundo, Júlio César.
Depois da Seleção, após o fiasco história do Grêmio na Serra, a vitória fácil do Inter no campo do São José, o Gre-Nal é o próximo grande passo do futebol no Estado. É o nosso maior espetáculo, mais importante que 200 jogos da Seleção multiplicados.
Os azuis acenam com os reservas e comem, dorme e bebem a Libertadores, terça. O Colorado promete usar os melhores domingo.
O Inter é o favorito disparado, independentemente de quem o enfrentar. Não sou eu que assino embaixo. É a realidade, são os números, a performance de cada um, os valores individuais. A qualidade está ao lado do Inter ou me engano?
Mesmo no Gauchão, a Copa do Brasil no horizonte, o Inter sofre todos os dias por estar fora da Libertadores. O torneio seria a pérola do seu centenário. Ganhar o clássico é uma resposta ao atual status do rival. É mais um prego fincado na autoestima do Tricolor.
Ao perder dois clássico em sequência em 2009, o Grêmio balançou, sua confiança foi minada, seus jogadores questionados, o esquema tático apedrejado, o técnico rebaixado.
Nova derrota reanima o ciclo. Mas uma vitória ajuda a tentar reerguer a casa minada. Bota pilhas atômicas na camisa listrada na Copa Libertadores. O Inter perde um turno inteiro se a vitória sumir, já ganhou o primeiro. Sobra uma segunda chance.
O Grêmio perde um terço da sua vida em 2009 se a vitória lhe faltar na beira do lago Gauíba. Dá adeus ao seu primeiro título do ano. Os outros dois são infinitamente mais difíceis que o do quintal de todos os anos, a Libertadores e o Brasileirão. Mas são eternamente maiores.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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