Celso Roth é o primeiro-ministro do Olímpico. Manda no Grêmio. Faz o que quer. A porta do vestiário está lacrada. Entra só a frase que ele determina. No seu time também. É ele sozinho contra o resto do mundo. Douglas Costa, por exemplo, não tem vez. Só corre entre os reservas dos reservas em dia de jogo.
Seu ataque ao garoto Douglas Costa no treino desta terça-feira no estádio gremista exibiu mais uma vez o jeito de ser de Celso Roth. Uma truculência sem fim, um desatino, uma falta de civilidade que assusta. Douglas é mais recente aposta de craque do clube, um aposta de 10 milhões de euros. É uma jóia, é uma pedra preciosa que Roth quer transformar em areia.
Roth disse ao menino: "Você acha que sabe tudo, mas não sabe merda nenhuma" antes e depois de outros ataques fortes. Disse alto. Não se preocupou com os ouvido que o cercavam, um deles o do repórter Luis Henrique Benfica.
O treinador não quer nem saber da repercussão. Seus ouvidos são só seus. Penetra apenas o que ele quer ouvir. O coro que o chama de "burro" a cada jogo no Olímpico não é ouvido. É repelido. Hoje ele culpa Douglas pelo coro. Transfere a culpa do seu trabalho irregular.
O treinador humilhou o jovem em dia de trabalho, na frente de outros jogadores, no nariz da mídia. Roth não diria o mesmo ao meia Souza, ao volante Tcheco, muito menos ao atacante Alex Mineiro. Roth faz com o menino o que ele já havia feito com outro piá chamado Ronaldinho Gaúcho.
Um jogador mais experiente retrucaria. Diria ao truculento na mesma voz, bem alto, quase um grito, um desabafo.
– Se eu não jogo nada, você treina menos ainda. É só examinar o seu currículo.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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