Uma imagem da cidade de La Paz, na Bolívia, onde o Grêmio fez escala antes do jogo com o Aurora, um dos times mais fracos da Copa Libertadores e treinado por um ex-jogador, Baldivieso, que é ídolo em todo o paísFoto: Juan Karita, AP |
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Silvio Dulcich; Iván Huayhuata, Germán Lean Forte, Edward Zenteno, Limbert Mendez, Joe Escobar, Cristian Fernández, Edson Zeneteno, Jaime Cardozo, Derlis Paredes e Cristian López. Os 11 respondem pelo Aurora, terceiro adversário do Grêmio na Copa Libertadores.
São os mesmos 11, coloque uns reservas juntos, que ainda não marcaram gols no torneio. Que não somaram pontos. Que patinam na copa continental. Que não representam quase nada no futebol internacional, embora seja um clube emergente no futebol local, ao lado de outros como Real Potosí, San José (maior torcida do páis) e Universidade de Sucre.
Os pequenos estão superando os mais tradicionais, como Bolívar. Oriente Petrolero, Blooming e The Strongest. Internacionalmente, no entanto, os pequenos são apenas nomes, ainda não simbolos e camisas.
Não é um desprestígio ao Aurora. É a real. O Aurora é a equipe mais fraca entre as 32 da Libertadores. O técnico Julio César Baldivieso é o primeiro a concordar. Mas ele, como você e eu, crê em milagre no futebol e vê o jogo com o Grêmio como um sinal de ressurreição.
Ele saúda, por exemplo, a volta do corajoso e oportunista atacante paraguaio Derlis Paredes, autor de dois gols na vitória sobre o Real Mamoré no campeonato local no final de semana passado. Festeja ainda a volta do goleiro Sergio Dulcich, recuperado de uma lesão no ombro direito. O goleiro e o atacante são as duas armas especiais dos bolivianos.
Baldivieso lamenta e reclama da ausência o meia Javier Hurtado. O jogador está concentrado com a Seleção Boliviana. Espera os encontros com Colômbia e depois Argentina, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2010. A federação nacional não se importou com a Libertadores, nem com o Aurora. Deixou Hurtado na seleção.
Palco do jogo, o estádio Felix Capriles, onde o lugar mais caro custa 40 bolivianos (cerca de 13 reais), lembra de Baldavieso, 37 anos, desde os anos em que era jogador. Ele é um ídolo local, é da terra. Jogou em 18 equipes do país e do Exterior. Era chamado de O Imperador, foi um dos líderes da Bolívia que jogou a Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994, mas quase foi soterrado por um escândalo três anos atrás.
Em 2006, ainda jogador do The Strogest, foi suspenso por doping. Segundo o exame, o técnico do Aurora teria usado cocaína. A contraprova mostrou o mesmo resultado.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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