O Olímpico viu. O PPV espalhou. A tela da tevê provou. O Grêmio fez 6 a 1 no São José. Fácil. Foi quase um treino mais forçado. O adversário não superaria nem os reservas tricolores, é frágil, mas não escondeu o bom futebol gremista.
O fantasmas do gol sumiu, desapareceu. Pegou o vento do final do verão/começo de outono e foi em busca de novos ares. Quem o assustou foi o time titular. Celso Roth usou os neurônios. Escalou os melhores, exibiu os 11 da Copa Libertadores. Repetiu o que pode dar certo. Futebol é repetição, é continuidade. Ritmo de jogo é fundamental.
Os seis gols nasceram ao natural. Era um grande enfrentando outro pequeno. O ataque fez três (Jonas, dois, e Maxi Lopez) e Tcheco, Léo e Fábio Santos completaram. Maxi López marcou aos 40 minutos do segundo tempo. Pegou o rebote do goleiro, entre a grande e a pequena área. Zona de centroavante, região de caça dos matadores. Ele estava lá. Matou.
A goleada oferece notícias boas e ruins aos gremistas.
As boas começam pelos gols e pela criatividade geral, passam pela atuação de Jonas, o melhor em campo, pela grande jornada e o gol de Fábio Santos, pelas elogiadas ações de Souza e Adilson, pelo gol de oportunismo de Maxi López, pela jogada ensaiada que deu o segundo gol ao zagueiro Léo e pela liderança do Grupo 2.
As nem tão boas assim apareceram em alguns momentos nesta quarta-feira, mas são mais antigas, repetitivas até, e passam pela má fase de Alex Mineiro, que perdeu um gol incrível, pela falta de um zagueiro experiente para liderar a defesa, pelo posicionamento defensivo dos zagueiros e do meio-campo, pela desatenção dois dois setores quando atacado e pela bola que Souza as vezes segura demais. Outra notícia ruim, mas reversível, desceu da altitude da Colômbia. O Boyacá Chicó venceu La U (3 a 0) e assumiu a liderança do Grupo 7, deixando os gaúchos em segundo.
Roth fechou o jogo com três atacantes, Herrera, Alex e López, num movimento atípico. Fez um teste válido. Em jogo complicado, quando o placar não é bom, quando o gol não vem, três homens de frente são sempre bem-vindos. É um receita óbvia. Já vi técnicos oprtarem por quatro atacantes em momentos de desespero.
O que fica do desempenho dos titulares é que Roth tem seu time definido. Os 11 que pisaram o gramado e golearam o São José enfrentam o Aurora, na Bolívia, e dificilmente encaram Ulbra no final de semana. Alex Mineiro, apesar do gol de Maxi López, da disposição de Herrera, é dono do comando do ataque, ao lado do assessor Jonas.
Maxi López jogou pouco tempo, se movimentou melhor, mostrou mais preparo físico, agilidade, movimentação, maior arranque, mais força. Foi prejudicado porque Réver foi expulso e a goleada estava quase definida. Ele precisa de sequência de jogo, entrosamento. Foi sua melhor partida das três que participou, duas vezes entre os reservas.
Aliás, Jonas é o goleador do Tricolor da temporada. Soma oito. Ele, que começou a temporada como um duvidoso reserva, é hoje um titular aplaudido e que conquista a torcida aos poucos. É uma supresa.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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