Alex Mineiro (com Pino, do Boyacã Chicó) veio como esperança de gol, sacudiu poucos as redes, decepcionou como goleador, vive mais como garçom. Seu sucesso é definitivo para o sucesso do GrêmioFoto: Fernando Vergara, AP |
Faz bem Celso Roth ao promover os titulares. Futebol é repetição. Repetição. Quem não joga, acredite, perde a regularidade. Gauchão é treino valendo três pontos. Libertadores é jogo "valendo uma vida", como dizem os argentinos, os que quase sempre ganham a Copa.
O Grêmio de 2008 desapareceu. O de 2009 é novo, precisa de entrosamento, sequência, jogos fortes. Falta confiança ao time, a mesma do Brasileirão, mas que foi perdida nos últimos três meses da competição. Sumiu, ninguém sabe onde se escondeu.
O Grêmio dos nossos dias apresenta alguns problemas idênticos aos do ano passado. Noto três graves. Carência nas laterais, os que chegaram não fizeram a diferença, falta de força e criatividade no meio-campo, apesar do bom futebol de Souza, jejum de gols no ataque, mesmo com as três contratações e a volta de Joanas. Observo um problema maior que é falta de gols em jogos mais duros, como nos clássicos, duas derrotas, dois gols, e na Libertadores, dois jogos, um gol.
O Grêmio fez 24 gols no Gauchão, sofreu 12. Dois gols a cada jogo dizem que a média é boa, mas, analisando os adversário,s a média não é tão boa assim. O líder Inter marcou 31, sofre apenas quatro gols.
O Grêmio ataca com cinco avantes, Maxi López, Herrera, Alex, Jonas e Reinaldo, fora os dois garotos que subiram da base. Com exceção de López, todos os outros quatro receberam uma sequência de chances. Jonas foi o que aproveitou melhor, mas sumiu em jogos difíceis, com exceção de um clássico.
Roth ainda não acertou a sua dupla de ataque. Hoje, testa Maxi e Reinaldo contra o São José. Não gosto da dupla pela característica dos dois atacantes. São homens mais de frente, mas de área, com dificuldades na criação da jogada de flanco. Gostaria de ver o argentino com Herrera, jogador de lado, não de área, embora entre na grande área com naturalidade, ou ainda Jonas.
O Grêmio tem o fantasmas dos gols para espantar no Olímpico. Seus atacantes precisam fazer gols com mais regularidades. Os cinco, somados, custam mais de R$ 600 mil. Um deles precisa tomar para si a tarefa, até agora impossível, de ser o goleador do ano com a camisa azul.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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