Jonas perdeu três gols numa jogada só, depois de driblar o goleiro Velazques, acertar o poste e tentar ainda mais duas vezes. Os atacantes gremistas insistem em perder gols vivos na LibertadoresFoto: Fernando Vergara, AP |
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Perde quem cria. Faz quem sabe. O futebol tem suas leis próprias. Exibe, claro, a cada 90 minutos uma cachoeira de explicações, do impedimento ao chute no poste, passando da voadora rasante ao pênalti perdido na decisão. Cada jogo merece um rosário de dúvidas e de certezas. O futebol vive e respira nas suas dúvidas. Nunca nas certezas.
Ao contrário de 2008, os atacantes se amontoam no Olímpico, são mais de seis, três duplas, um deles ganha perto de R$ 250 mil (mais do que todos os quatro do ano passado) e sua estréia foi uma decepção só. Eles jogam em dupla, mudam de companheiro a cada desafio, atuam sozinhos na frente de seis, cinco ou quatro no meio-campo e na Libertadores a produção é a mesma.
Cento e oitenta minutos de jogo, uma só bola estufando as redes e observe que o gol foi marcado pelo meia Souza numa falta sofrida pelo próprio Souza quase na meia lua da grande área. Não uma só luz dos atacantes.
Celso Roth é o alvo das flechas justas do largo e envergado arco gremista pela inconstância dos seus esquemas táticos e outros problemas que você sabe de cor. Em dois jogos da Libertadores ele usou sistemas diversos, marcou somente um gol e ocupa a segunda posição do Grupo 7, com um jogo em Porto Alegre outro em Tunja. O terceiro, dia 25, é na Bolívia e o Aurora é o lanterna da chave.
O que se discute agora (o futebol é dinâmico, uma vitória, para alguns, muda tudo), é a inconsistência dos atacantes. Eles chutam de todos os lugares, com todos os pés, de fora da área, de dentro da área pequena, e não marcam. As redes permanecem serenas.
Jonas chegou ao recorde de perder três numa jogada só na quarta colombiana. O problema é a intranquilidade, misturada a afobação e a falta de treinos específicos. Chute não se aprendem em treino, mas é possível aperfeiçoar a pancada. Por outro lado, os tacantes mais categorizados são justamente aqueles que fazem gols em todos os momentos, dos decisivos aos amistosos. O que se vê nos azuis é que em jogos que vale tudo, eles chutam como nunca, mas erram como sempre.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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