Dos 23 gols do Grêmio no Gauchão, o instável carioca Reinaldo, 28 anos, marcou um. Só um, mas o suficiente para se livrar do lutador Veranópolis, vencer a semifinal (1 a 0) e encaminhar a final do primeiro turno do campeonato regional no Beira-Rio.
O Inter é o único invicto da competição. Empate nos 90 minutos no clássico leva direto aos pênaltis, nada de prorrogação. No primeiro Gre-Nal da temporada deu Inter, 2 a 1, mas o Grêmio foi melhor.
Se os azuis confirmarem os titulares em campo, entram mais completos e mais fortes, com uma equipe aparentemente mais ajustada, especialmente pela ausência do melhor jogador do adversário. D’Alessandro está fora. Não há reserva igual, nem superior.
Sem o argentino, o Inter perde criatividade, perde combatividade, perde lucidez no ataque. Com um drible, uma jogada pessoal, o baixinho invocado abre uma defesa, coloca um companheiro na cara do gol. Tite deve redobrar seus cuidados defensivos, lotar seu meio-campo com quatro homens.
O Inter ainda vive seus tristes dias de orfandade de Alex, que mora na Europa mais fria e deixou um buraco fundo no time colorado. Tite ainda procura seus 11, tem problemas nas laterais, tem dúvidas no meio-campo e só tem certeza no ataque, com Taison e Nilmar.
O Grêmio deve repetir a formação, o esquema e a ideia da partida de estreia da Copa Libertadores, quarta-feira passada. Espera o mesmo bom jogo, aguarda um ataque mais efetivo, os gols que ficaram presos em chutes enviesados, cabeçadas tortas, o poste salvador.
Celso Roth não vence Gre-Nal desde que voltou ao Grêmio, uma ano atrás,jamis ganhou de Tite. Roth caminha com o azar ao seu lado e abusa da sorte. Ele reclama do calendário, definido desde o final de 2008, tenta tirar o peso do clássico e dá o carteirço da Libetadores. Está nervoso, agitado, inquieto. Sabe que se perder outra vez seu trabalho será ainda mais constestado.
No jogo com o Veranópolis, por exemplo, retirou Douglas Costa, o melhor jogador da partida quase 25 minutos antes do final. Logoi quando o jogador começava se soltar, ganhar confiança, criar e buscar o gol.
Ele ainda (só ele mesmo) insistiu com Makelele e Orteman, escondeu Roberson, mas deu nova chance ao promisor Saimon. Usou as absurdas duas linhas de quatro, que precisam de muito treino, com um time que nunca havia jogado junto antes.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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