O Grêmio de Tcheco, que jogou bem, encurralou os chilenos, esteve sempre no ataque, teve 13 situações de gol, mas não saiu do amargo 0 a 0. O empate no Olímpico na estréia foi péssimo resultado, apesar do bom futebol do TricolorFoto: Nabor Goulart, AP |
Situações de gol não é gol, é meio gol, é igual a zero. O Grêmio teve todas as situações possíveis de gol em 94 minutos e falhou em todas, uma por uma. O 0 a 0 foi o mais injusto e frustrante resultado que o Olímpico conheceu em anos.
O Grêmio sai de casa com um mísero ponto em três jogados e em nove possíveis. Agora, ao menos em Porto Alegre, pode somar apenas sete pontos na fase classificatória, mas joga outrs nove fora do Brasil..
Se o resultado somasse 5 a 1 não haveria um só chileno chiando no começo da madrugada de quinta-feira e de ressaca de Carnaval. E olha que o uruguaio Martín Vasques deixou de assinalar dois pênaltis em nome dos azuis. Um deles, aos 28 minutos do segundo tempo, foi escandaloso, depois de Jonas ser puxado e calçado na área.
O empate com a Universidad de Chile na estréia da Copa Libertadores não estava nem nas contas menos otimistas do Tricolor. Nem perder tantos gols, como as quatro situações em menos de 13 minutos de ação. Foram 13 chances no total, contra apenas uma do adversário e no primeiro e inseguro minuto de jogo.
O esperado, aguardado e idolatrado matador esteve ausente na grama outra vez. Não foi Alex, muito menos Jonas. O Grêmio precisou desperadamente de um definidor e ninguém apareceu com pé ou com a cabeça nas horas certas.
Os gols foram desperdiçados de todas as maneiras possíveis e imagináveis a cada meia dúzia de minutos. De dentro e de fora da grande área, por cima e por baixo, com goleiro, Miguel Pinto, o melhor em campo, ao lado de Souza, Adilson e Tcheco, e sem goleiro, com Alex Mineiro chutando franco, enviesado. Até o poste Souza acertou. Foi um massacre, mas inútil porque o gol não apareceu, a bola não acariciou as redes, o placar ficou mudo.
O Grêmio dominou completamente o adversário, encurralou os chilenos e em diversos ataques enfrentou 10 jogadores plantados quase na linha da grande área. La U sonhava com o empate. Levou, mesmo atuando com 10 homens desde os 26 minutos do segundo tempo.
Nos últimos 15 minutos, Roth fez substituições apressadas, retirou Jadílson que vinha bem e perdeu a jogada do lado esquerdo e ainda tentou mais uma vez esperar pelos gols de Reinaldo, que nunca aparecem.
O lamentado empate faz o Grêmio arrancar longe da liderança e logo na segunda rodadas precisa buscar três pontos na Colômbia. O Boyacá Chicó tem nome feio, gozado, ideal para piadas, mas é o grande azarão do Grupo 7. É o líder isolado, três pontos em um jogo, e se vencer encaminha seu posto e remete o Grêmio a zona do horror.
O Grêmio jogou bem, correu, lutou, buscou sempre o gol, mereceu aplausos barulhentos, mas o empate no Olímpico, animado por 33 mil fiéis, foi péssimo. Precisa se recuperar imediatamente longe de Porto Alegre e em dois compromissos que podem decidir o seu futuro na Libertadores.
São dois jogos fora (Chicó e Aurora) em série, quatro pontos são uma necessidade, um oxigênio futuro.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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