Unidos da Tijuca se move no Sambódromo, no Rio, mas em Porto Alegre, no Olímpico, quem dá a cadência do ritmo é o Grêmio, que pode fazer o seu próprio Carnaval na Quarta-feira de Cinzas na estréia da 50ª edição da LibertadoresFoto: Natacha Pisarenko, AP |
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Com todas as queixas, acertos e desacertos, o Grêmio bota o pé no ótimo gramado do Olímpico como o favorito do Grupo 7 da Copa Libertadores da América. Seus adversários incomodam, mas não assustam, talvez perturbem um pouco, mas não muito, e somente em suas respectivas residências.
A estréia na Quarta-Feira de Cinzas oferece a Universidad Chile (La U), terceira força do país, segundo o ranking da Comebol, último título nacional conquistado em 2004. Claro que não é mais um do Gauchão, é estrangeiro, tem pegada evontade, mas o Grêmio é superior em tudo.
De nome gozado, mas de futebol consistente, o Boyacá Chicó é uma das forças emergentes da Colômbia e espera o Tricolor dia 11. Venceu o Torneio Apertura 2008, mas seu nome nem aparece no ranking da Libertadores. No ano passado caiu no mata-mata, foi superado pelos chilenos do Audax. País conhecido no futebol por America (Cali), Nacional e Independiente, o Chicó, que joga normalmente de azul,é considerado o azarão do Grupo 7. Falam muito bem do atacante Anuar Guerrero.
O outro adversário, ainda menos estrelado, é o Aurora, da cidade de Cochabamba, décimo sexto clube entre os 20 maiores da Bolívia (ranking Comebol). Seu título local em 2008 acabou com um jejum de 46 anos sem uma taça. Sua última e discreta aparição na Libertadores foi em 1965. Aurora, que às vezes adota o esquema do sonhos de Roth, o 3-6-1, e Grêmio jogam dia 25. Um dos nomes da equipe é o zagueiro Limbert Méndez, que atua pelo lado direito.
A história gremista na Libertadores, bicampeão que é (1983 e 1995), soma 107 compromissos, com 54 vitórias, 31 derrotas e 22 empates. Marcou 164 vezes. Sofreu 106 gols.
Entre os três do seu razoável grupo, o Grêmio é o favorito disparado. Somado aos 31 de toda a Libertadores, nem tanto. Vejo Boca e São Paulo, pelos seus times, tradições, camisas, etc., como os maiores candidatos ao títulos. Mas tudo é previsão de primeiro arranque.
A Libertadores é imprevisível, mas nem tanto, nem sempre. As zebras chamadas LDU (EQU) e Once Caldas (COL) passearam, respectivamente, em 2008 e 2004, talvez junto com o Colo-Colo chileno em 1991. Não vejo outras na longa lista de vencedores, talvez você consiga encontrar.
Desde 1960, ano de estréia da Libertadores, o torneio sempre foi dominado por grandes equipes da América do Sul, pelos maiores do continente. Em 50 edições, que se completam neste 2009, apenas oito clubes brasileiros levantaram a taça. Todos grandes campeões, como São Paulo, Grêmio, Santos, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Inter e Vasco. Foram 13 títulos em 49 anos.
A Libertadores é torneio de time grande. Os pequenos intrusos aparecem de vez em quando e são raras, raríssimas exceções. Não creio numa nova LDU em 2009. A lógica do torneio diz que não.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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