O Grêmio de 2008 carregava duas certezas do sucesso que o levou ao vice-campeonato do Brasileirão. Um foi o goleiro. Victor ilustrou todas as listas dos maiores goleiros do país, talvez seja o melhor hoje em dia, ao menos dos que vejo todos os domingos e quartas em nossos campos maltratados.
Outra unanimidade destacada e reconhecida foi a sua competitiva dupla de meio-campo, Rafael Carioca e William Magrão. Pois 2009 chegou, Carioca, o maior ladrão de bola dos nossos dias, experimentou um jato para Rússia, e Magrão sofreu domingo uma lesão que o aparta dos gramados por mais de meio ano.
O azar dos azuis que no ano passado estava concentrado no ataque, onde os atacantes não conseguiam marcar com a regularidade exigida por um time de ponta, vive agora no meio-campo. A perda de William Magrão é terrível. O Grêmio não tem nada igual, parecido, no seu grupo.
O jovem Adilson pode ser uma opção, mas ele ainda está fora de ritmo, entrando aos poucos nas partidas, embora tenha sido um dos melhores em campo no jogo com o Santa Cruz. Adilson tem mobilidade, sabe passar, marca, é corajoso e tem grande mobilidade. Pode surpreender. Mas não é o volante trombador e cabeçudo da cultura do futebol gaúcho.
Outra opção é o garoto Diogo, recém chegado ao Olímpico, formado no Figueirense. Vi poucos jogos de Diogo. Pelo que assisti ainda falta posicionamento ao jogador, um passe mais qualificado, embora seu chute de média distância seja bom. É um cara valente, determinado, sua a camisa.
Maylson é, no máximo, um atleta para fazer a segunda função do meio-campo. Não tem a vibração intensa de um marcador, nem sabe proteger uma defesa acima de tudo. Mas é um jogador que o Grêmio espera muito.
Mas antes mesmo da lesão de William, depois de ver e gostar de Adilson e observar o inexperiente Diogo, ao menos em jogos internacionais, eu já tinha a certeza que o Grêmio precisava contratar um volante com mais experiência, mais viagens, mais liderança. A urgência da contratação de um volante triplicou desde domingo. É a nova prioridade do Grêmio.
A urgência que estava no ataque, desde o ano passado, passou para a primeira função do meio-campo.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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